EUA condenam exclusão de observação europeia em eleições na Venezuela
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha governista, anunciou nesta semana sua decisão de excluir a observação europeia
Os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira (30) a decisão da Venezuela de retirar o convite à União Europeia (UE) para observar suas eleições presidenciais de 28 de julho, e pediram que o país reconsidere a medida.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que “os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a decisão” anunciada pela autoridade eleitoral.
“Essa ação vai de encontro aos compromissos assumidos em Barbados em 2023 para apoiar a integridade do processo eleitoral”, criticou, referindo-se ao acordo assinado pelo governo e a oposição da Venezuela com a mediação da Noruega.
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha governista, anunciou nesta semana sua decisão de excluir a observação europeia, depois que o bloco ratificou sanções individuais contra cerca de 50 funcionários chavistas e suspendeu temporariamente a do presidente desse órgão, Elvis Amoroso.
“Seguiremos trabalhando com a comunidade internacional para apoiar os desejos do povo venezuelano de uma Venezuela mais democrática, estável e próspera”, disse Matthew Miller.
Além da UE, o CNE convidou o Centro Carter, o Brics e a União Africana para observar as eleições na Venezuela.