EUA critica 'silêncio' do Conselho de Segurança da ONU sobre Coreia do Norte
Pyongyang disparou dezenas de mísseis de teste em 2022 e outros dois nesta segunda-feira (20), apenas 48 horas depois de testar um míssil balístico intercontinental
Os Estados Unidos classificaram nesta segunda-feira (20) como "perigosa" a inação do Conselho de Segurança da ONU em relação ao lançamento de mísseis da Coreia do Norte.
Pyongyang disparou dezenas de mísseis de teste em 2022 e outros dois nesta segunda-feira (20), apenas 48 horas depois de testar um míssil balístico intercontinental.
"Diante dos lançamentos sem precedentes do ano passado, dois membros permanentes nos forçaram ao silêncio, apesar das inúmeras violações da Coreia do Norte", acusou a embaixadora de Washington na ONU, Linda Thomas-Greenfield, referindo-se à China e à Rússia, que usaram seu poder de veto em maio passado para impedir a imposições de sanções contra Pyongyang.
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A "inação é mais que vergonhosa, é perigosa", disse Thomas-Greenfield, acrescentando que tal permissividade encoraja a Coreia do Norte a continuar a agir sem medo das consequências.
Outros embaixadores, incluindo os do Japão e da França, respaldaram os protestos de Washington.
Enquanto isso, a Rússia apontou para os exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul como causa da escalada das tensões. Dmitry Polyanskiy, vice-embaixador da Rússia, disse que "os Estados Unidos e seus aliados têm uma responsabilidade especial nesta situação".
A última vez que o Conselho de Segurança mostrou união neste assunto foi em 2017.