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Gaza

EUA criticam ministros israelenses que incitam palestinos a deixarem Gaza

A guerra eclodiu após um ataque sem precedentes do movimento islâmico palestino Hamas em Israel em 7 de outubro

O presidente dos EUA, Joe BidenO presidente dos EUA, Joe Biden - Foto: Brendan Smialowski/AFP

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira (2) que “rejeita” os comentários de ministros israelenses que incitam os colonos judeus a voltarem para Gaza quando a guerra contra o Hamas terminar, e aos palestinos a deixarem o território.

“Os Estados Unidos rejeitaram as recentes declarações dos ministros israelenses Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, que propõem o reassentamento de palestinos fora de Gaza”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em um comunicado.

"Esta retórica é incendiária e irresponsável", insistiu.

“Temos sido claros, consistentes e inequívocos em que Gaza é terra palestina e continua sendo terra palestina, mas sem o Hamas no controle e sem grupos terroristas capazes de ameaçar Israel”, acrescentou.

A guerra eclodiu após um ataque sem precedentes do movimento islâmico palestino Hamas em Israel em 7 de outubro, que deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Os combatentes do Hamas, juntamente com outros grupos armados, sequestraram naquele dia cerca de 250 pessoas, das quais mais de 100 ainda estão em cativeiro em Gaza, segundo autoridades israelenses.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas, que governa Gaza desde 2007, e lançou uma intervenção no território palestino.

O grupo, classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, afirma que a operação já deixou 22.185 mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças.

Os Estados Unidos insistem cada vez mais para que Israel, seu aliado histórico, favoreça transações mais seletivas, e o presidente democrata expressou publicamente suas discordâncias com o governo conservador do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

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