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EUA deporta migrantes à China em um voo pela primeira vez desde 2018

O DHS especificou à AFP que havia 116 pessoas a bordo

Joe Biden Joe Biden  - Foto: Mandel Ngan/AFP

O governo do presidente democrata Joe Biden deportou migrantes para a China em um voo charter pela primeira vez desde 2018, informou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos nesta terça-feira (2).

O voo de deportação ocorreu no último fim de semana e foi realizado em "estreita coordenação" com as autoridades chinesas, conforme indicado em um breve comunicado.

De outubro até o final de maio, a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos interceptou mais de 31.000 migrantes chineses que tentaram cruzar ilegalmente a fronteira com o México, de acordo com dados oficiais. O número é 15 vezes maior do que em 2022.

"Continuaremos a aplicar nossas leis de imigração e a deportar pessoas que não têm base legal para permanecer nos Estados Unidos", afirmou o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, citado no comunicado.

"As pessoas não devem acreditar nas mentiras dos traficantes de pessoas", acrescentou.

Segundo o DHS, autoridades chinesas e americanas trabalham para "reduzir e dissuadir a migração irregular e combater o tráfico humano".

A migração é um dos temas centrais das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, onde Biden busca a reeleição e seu antecessor republicano, Donald Trump, espera recuperar a Casa Branca.

Os republicanos acusam Biden de não fazer o suficiente para conter a chegada ilegal de migrantes.

No início de junho, o presidente democrata assinou uma ordem executiva que autoriza o fechamento da fronteira com o México para os migrantes que solicitarem asilo quando houver mais de 2.500 cruzamentos irregulares em média por sete dias. Prevê-se que a fronteira será reaberta quando o número cair para 1.500.

Como resultado, a média de interceptações em sete dias diminuiu "mais de 40% e o DHS operou mais de 120 voos internacionais de repatriação para mais de 20 países", incluindo a China, conforme informado no comunicado.

Nele, os Estados Unidos afirmam estar satisfeitos com o recente anúncio do Equador "de exigir vistos para portadores de passaportes chineses, dada a exploração dessa rota pelos traficantes".

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