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EUA e Arábia Saudita pedem repatriação de jihadistas ocidentais na Síria e no Iraque

Apesar das repetidas reivindicações das autoridades locais, muitos países ocidentais se recusam a repatriar seus cidadãos

O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, durante a reunião ministerial da Coalizão Global para Derrotar o EIO ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, durante a reunião ministerial da Coalizão Global para Derrotar o EI - Foto: Ahmed Yosri / POOL/ AFP

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita exortaram os países ocidentais a repatriar jihadistas estrangeiros e seus parentes detidos na Síria e no Iraque, durante uma reunião da coalizão contra o grupo Estado Islâmico (EI) em Riade.

É "absolutamente inaceitável" que certos países ricos e não repatriem seus cidadãos, disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, na abertura da reunião.

"Esses países devem se mostrar à altura, devem assumir suas responsabilidades", disse ele aos trinta ministros presentes.

A coalizão, composta por cerca de 85 países, foi criada em 2014 para combater o Estado Islâmico após sua rápida ascensão no Iraque e na Síria.

A organização foi derrotada em 2019, mas milhares de jihadistas estrangeiros e suas famílias permanecem em prisões e campos de detenção informais.

Apesar das repetidas reivindicações das autoridades locais, muitos países ocidentais se recusam a repatriar seus cidadãos e se limitam a aceitar retornos a conta-gotas, com medo de possíveis ataques ao seu território.

“A repatriação é essencial para reduzir a população em campos, como Al Hol (na Síria), e em centros de detenção”, defendeu o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Se não os repatriarmos, “existe o risco de que retomem as suas armas”, alertou.

Blinken também anunciou uma contribuição dos EUA de US$ 148,7 milhões (R$ 730 milhões na cotação atual) para o fundo de ajuda à estabilização da Síria e do Iraque.

Segundo estimativas das Nações Unidas, o EI ainda tem entre 5 mil e 7 mil membros e simpatizantes nesses dois países, metade deles combatentes.

Em abril, a coalizão liderada pelos Estados Unidos relatou uma clara redução nos ataques do grupo desde o início do ano, 68% no Iraque e 55% na Síria.

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