EUA e Coreia do Sul fazem exercícios militares após teste com míssil norte-coreano
Testes ocorrem um dia depois do lançamento de um novo míssil balístico norte-coreano
Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram, nesta segunda-feira (26), seu primeiro exercício naval conjunto em cinco anos perto da península, um dia depois do lançamento de um novo míssil balístico norte-coreano, que alertou os dois países do risco das manobras.
"Este exercício foi preparado para demonstrar a firme vontade da aliança Coreia do Sul-EUA de responder às provocações norte-coreanas", informou a Marinha sul-coreana em nota.
Os exercícios de quatro dias na costa leste sul-coreana envolve mais de 20 navios e várias aeronaves, que farão simulações de combate naval e luta antissubmarinos, manobras táticas e outras ações marítimas, acrescentou.
Na ONU, o embaixador norte-coreano, Kim Song, disse que estes exercícios "suscitam preocupação".
"Evidentemente é um ato extremamente perigoso acender o pavio e pode levar a situação na península coreana à beira da guerra", assegurou na Assembleia Geral.
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Washington é o principal aliado de segurança de Seul e dispõe de cerca de 28.500 soldados na Coreia do Sul para proteger o país do vizinho do Norte, que tem armas nucleares.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que assumiu o poder em maio, prometeu identificar os exercícios militares com os Estados Unidos, depois da frustrada diplomacia com a Coreia do Norte de seu antecessor.
"Mediante este exercício, vamos aumentar a capacidade de realizar operações entre as forças navais dos dois países", disse em nota o oficial naval sul-coreano Kwang-sub.
No domingo, a Coreia do Norte fez novo teste com míssil balístico, o mais recente em seu recorde de ensaios deste ano.
Pyongyang enfrenta várias sanções internacionais por seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos.
Semanas atrás, a Coreia do Norte revisou sua legislação nuclear para incluir uma doutrina de "bater primeiro" e a promessa de nunca renunciar a suas armas atômicas.
Embora Estados Unidos e Coreia do Sul assegurem que seus exercícios conjuntos são meramente defensivos, a Coreia do Norte afirma que são um ensaio para uma invasão.