Compromisso

EUA e Israel se comprometem a impedir Irã de ter bomba atômica, diz Blinken

A fala foi feita à imprensa em Jerusalém, ao lado do ministro israelense das Relações Exteriores, Yair Lapid

Antony BlinkenAntony Blinken - Foto: Jacquelyn Martin/POOL/AFP

Estados Unidos e Israel mantêm seu compromisso de impedir que o Irã tenha uma bomba atômica - declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, neste domingo (27), no momento em que ambos os países expressaram suas diferenças sobre a negociação com Teerã de seu programa nuclear. 

"Na questão mais importante, coincidimos. Ambos estamos comprometidos, estamos determinados a que o Irã nunca terá uma bomba nuclear", afirmou Blinken à imprensa em Jerusalém, ao lado do ministro israelense das Relações Exteriores, Yair Lapid. 

Segundo Blinken, o presidente americano, Joe Biden, acredita que "o retorno a uma implementação plena" do acordo "é a melhor forma de pôr o programa iraniano de volta à estrutura, da qual escapou quando os Estados Unidos se retiraram do acordo", em 2018, durante o governo de Donald Trump. 

Já Israel vê com maus olhos um possível acordo sobre o programa nuclear iraniano, seu principal inimigo. 

"Temos divergências sobre o programa nuclear e sobre suas consequências, mas estamos abertos a um diálogo aberto e honesto", disse Lapid. 

"Israel e os Estados Unidos trabalharão juntos para evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear, mas, ao mesmo tempo, Israel fará o que for preciso para deter o programa nuclear iraniano", frisou. 

Sanções contra Guardiães da Revolução 

Também neste domingo, os Estados Unidos informaram que vão manter sanções contra a Guarda Revolucionária do Irã, mesmo que se chegue a um acordo com Teerã para limitar o programa nuclear deste país, anunciou o enviado especial de Washington para estes assuntos, Robert Malley, no Fórum de Doha. 

O Irã reivindica que, se o acordo sobre seu programa nuclear for retomado, a Guarda Revolucionária deve ser removida da lista de organizações terroristas dos Estados Unidos. 

"Vão continuar sob sanções no âmbito da lei americana, e nossa percepção permanecerá a mesma", afirmou o diplomata, reagindo às demandas de Teerã a esse respeito.

Os Guardiães da Revolução estão na lista devido a acusações sobre o envolvimento iraniano em apoio ao governo sírio, aos rebeldes huthis no Iêmen e ao grupo libanês Hezbollah. 

No sábado (26), o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse no Fórum de Doha que o acordo pode ser concluído em "questão de dias". 

O coordenador da UE encarregado de supervisionar as negociações nucleares com o Irã, Enrique Mora, está em Teerã e, na sequência, deve viajar para Washington. 

Malley advertiu, por sua vez, que o acordo não está garantido, não é "inevitável" e tampouco está "na próxima esquina".

"Estamos muito perto", disse o enviado americano em relação às negociações, ressaltando, contudo, que esta é a situação em que se encontram há algum tempo. 

"Acho que isso explica o que é preciso saber sobre a dificuldade dos temas", completou.

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