EUA e Reino Unido sancionam canal de notícias por apoio financeiro ao Hamas
Conta do canal no Telegram, que tem 1,8 milhões de seguidores, arrecadou fundos para o grupo islamista palestino após o ataque em Israel
Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram, nesta quarta-feira (27), a aplicação de sanções contra duas pessoas e três empresas associadas ao popular canal de notícias Gaza Now, que acusam de apoiar financeiramente o Hamas.
O Departamento do Tesouro americano informou em comunicado que a conta do canal no Telegram, que tem 1,8 milhões de seguidores, e seu fundador Mustafa Ayash começaram a arrecadar fundos para o grupo islamista palestino após o ataque sem precedentes em Israel de 7 de outubro de 2023.
"O Tesouro continua comprometido a enfraquecer a capacidade do Hamas de financiar suas atividades terroristas, incluindo as campanhas de arrecadação de fundos online que buscam enviar dinheiro diretamente para o grupo", declarou Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, citado em comunicado.
O Departamento do Tesouro acusou o grupo de "ter ajudado materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro, material ou tecnológico, ou bens de serviço para ou em apoio ao Hamas".
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Os EUA também anunciaram sanções contra Aozma Sultana, diretor de duas empresas que supostamente ofereceram "milhares de dólares ao Gaza Now e anunciaram o Gaza Now como um parceiro durante a arrecadação de fundos em conjunto, pouco depois dos ataques terroristas de 7 de outubro".
As autoridades britânicas tomaram medidas semelhantes.
"O governo do Reino Unido anunciou o congelamento total de bens contra dois indivíduos suspeitos de prover suporte financeiro ao Gaza Now, uma agência de notícias que promove os grupos terroristas Hamas e a Jihad Islâmica", afirmou Londres em comunicado, acrescentando que congelaram todos os "fundos e recursos financeiros pertencentes ou controlados por Sultana e Ayash" no Reino Unido.
O ataque do Hamas no sul de Israel deixou 1.160 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais. A resposta militar israelense em Gaza causou quase 32.500 mortes, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.