EUA e WSJ querem libertação 'imediata' do jornalista na Rússia
O jornalista foi acusado de espionagem e teve sua detenção prorrogada
Os Estados Unidos voltaram a exigir, nesta quinta-feira (24), que a Rússia liberte "imediatamente" o correspondente do veículo The Wall Street Journal, Evan Gershkovich, e outro cidadão americano detido nesse país, depois de um tribunal de Moscou ter prorrogado a detenção do jornalista.
"As acusações (de espionagem) contra Evan Gershkovich são infundadas. Mais uma vez, pedimos à Rússia que liberte Evan imediatamente e também que liberte o cidadão americano Paul Whelan, detido injustamente", declarou um porta-voz do Departamento de Estado.
Mais cedo, The Wall Street Journal já havia pedido, com indignação, a soltura imediata de seu repórter Evan, que teve sua prisão na Rússia estendida por mais três meses em seu processo sob acusações de espionagem.
"Estamos profundamente decepcionados que siga preso arbitrária e injustamente por fazer seu trabalho como jornalista", afirmou o jornal em um comunicado.
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"As acusações infundadas contra ele são categoricamente falsas e seguimos pressionando por sua libertação imediata. O jornalismo não é um crime", destacou.
Gershkovich, que trabalhou para a AFP, é o primeiro jornalista ocidental preso e acusado de espionagem por Moscou desde o fim da era soviética, em meio a um deterioramento anunciado nas relações entre as duas partes, devido à guerra da Ucrânia.
O jornalista está detido na prisão de Lefortovo, em Moscou. Foi preso em 29 de março durante uma viagem para uma cobertura jornalística nos montes Urais.
Em 22 de junho, um tribunal de Moscou negou um recurso para libertar Gershkovich.