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EUA

EUA elogia ação da China contra fentanil mas vê riscos políticos

Há algum tempo Washington acredita que empresas chinesas fornecem aos cartéis mexicanos as substâncias necessárias para fabricar o fentanil

Os Estados Unidos constataram que a China tomou medidas para frear o tráfico de fentanilOs Estados Unidos constataram que a China tomou medidas para frear o tráfico de fentanil - Foto: Ng Han/AFP

Os Estados Unidos constataram que a China tomou medidas para frear o tráfico de fentanil, afirmou um alto funcionário nesta sexta-feira (2) depois de conversas em Pequim, mas reconheceu o risco de que atritos bilaterais prejudiquem os progressos.

Segundo o acordado durante uma cúpula de novembro entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping, uma delegação americana celebrou esta semana uma reunião na China sobre o fluxo de fentanil, um opioide que causa mais de 70.000 mortes por overdose a cada ano nos Estados Unidos.

"Reconhecemos alguns passos iniciais" da China, disse Todd Robinson, o subsecretário do Escritório Internacional de Narcóticos e Aplicação da Lei.

"É significativo? Sem dúvidas", declarou aos jornalistas em seu retorno a Washington, mas acrescentou que é insuficiente.

Há algum tempo Washington acredita que empresas chinesas fornecem aos cartéis mexicanos as substâncias necessárias para fabricar o fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente que a heroína, que depois entra por contrabando nos Estados Unidos.

Após a reunião entre Xi e Biden, "está claro que foram algumas empresas e eles as advertiram ou as fecharam", disse Robinson.

O alto funcionário considera os esforços do governo chinês positivos e lembrou que depois da proibição das exportações de fentanil em 2019 "parou quase imediatamente".

As negociações transcorreram em um ambiente "muito positivo", avaliou, mas não descarta que um ressurgimento das tensões bilaterais mine o processo.

"Não seria a primeira vez que outro balão sobrevoaria os Estados Unidos ou que um congressista decidiria visitar Taipei", disse ele, referindo-se a uma disputa no ano passado sobre um suposto balão de vigilância chinês e as objeções de Pequim ao apoio dos EUA a Taiwan.

Vamos ver "quanto tempo podemos fazer no menor tempo possível, e sempre conscientes de que qualquer coisa possa fazer explodir tudo", concluiu.

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