EUA encerra buscas por restos de balão chinês derrubado
O balão viajou por grande parte dos Estados Unidos antes de ser derrubado sobre o oceano Atlântico
Os Estados Unidos concluíram a tarefa de recuperar os restos de um balão chinês para supostos propósitos de vigilância, que foi derrubado no início deste mês ao longo de sua costa atlântica, informou o Pentágono na sexta-feira (17).
"As últimas peças dos restos estão sendo transferidas para o Laboratório do Escritório Federal de Investigações, na Virgínia, para uso de contrainteligência", acrescentou.
O balão viajou por grande parte dos Estados Unidos antes de ser derrubado sobre o oceano Atlântico, na costa da Carolina do Sul, por um caça US F-22 Raptor americano em 4 de fevereiro.
Pequim insistiu que era um dispositivo de observação meteorológica perdido, enquanto Washington o descreveu como um sofisticado veículo de espionagem de alta altitude.
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O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, descreveu neste sábado como "histérica" e "absurda" a reação dos Estados Unidos de derrubar o balão chinês. "Há muitos balões no céu de diferentes países. Querem derrubar cada um deles?", disse Wang na Conferência de Segurança de Munique.
"Pedimos aos Estados Unidos que não façam essas coisas absurdas simplesmente para desviar a atenção de seus próprios problemas internos", disse Wang.
As relações entre a China e os Estados Unidos tornaram-se ainda mais tensas com o incidente do balão.
O Pentágono também anunciou o fim da busca por outras duas aeronaves derrubadas, uma na costa norte do Alasca em 10 de fevereiro e outra sobre o lago Huron, na fronteira canadense, dois dias depois.
Essas buscas, realizadas em conjunto com as autoridades canadenses, não tiveram sucesso, disse um comunicado.
Mais tarde, Washington disse que evidências preliminares sugeriam que essas aeronaves não faziam parte de um programa de espionagem chinês mais amplo.