EUA endurece normas de emissões para automóveis pela mudança climática
Os automóveis que serão vendidos no país a partir de 2023 terão que consumir muito menos combustível
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (20) que os automóveis que serão vendidos no país a partir de 2023 terão que consumir muito menos combustível do que os que são comercializados atualmente, na última aposta do presidente Joe Biden para combater a mudança climática.
"Nós acompanhamos a ciência, ouvimos as partes interessadas e estabelecemos normas sólidas e rigorosas que reduzirão energicamente a poluição que afeta as pessoas e o nosso planeta e ao mesmo tempo as famílias economizarão dinheiro", informou a Agência de Proteção Ambiental (EPA).
As novas medidas aprovadas pelo governo de Biden revertem as menos rígidas apoiadas pelo seu antecessor, o republicano Donald Trump.
O anúncio foi publicado justo quando o enorme plano de gasto social Build Back Better (Reconstruir Melhor) de Biden pode ter recebido um golpe mortal depois que um senador democrata chave disse que não apoiaria o projeto, com um custo de 1,75 trilhão de dólares, e o qual inclui o financiamento de novas iniciativas para lutar contra a mudança climática.
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Segundo as novas regras da EPA, os carros (incluindo SUV e caminhonetes) deverão ser capazes de percorrer 55 milhas ou 88,5 quilômetros a uma velocidade contínua com um galão de combustível (quase 4 litros) até 2026, ou seja 40 milhas ou 64,4 quilômetros em condições reais de circulação.
Para conseguir isso, o governo conta com a capacidade dos fabricantes de automóveis para melhorar o desempenho técnico dos motores, mas também com o aumento das vendas de veículos elétricos.
"Para meados de 2026, a EPA prevê que as normas finais podem ser cumpridas, com cerca de 17% de veículos elétricos vendidos e uma adoção mais ampla da tecnologia avançada de motores de gasolina disponível na atualidade", disse.
A agência estima que "os motoristas americanos economizarão entre 210 bilhões e 420 bilhões de dólares em 2050 em gastos com combustível".
A regulamentação atual em emissões, aprovada em março de 2020 pelo governo de Trump, pede aos fabricantes que melhorem o rendimento energético de seus modelos em 1,5% anual entre 2021 e 2026, em comparação com os 5% exigidos pelo governo de seu antecessor, o democrata Barack Obama.