EUA

EUA enviam grupo de ataque com porta-aviões ao Golfo Pérsico em advertência ao Irã

Decisão foi anunciada no domingo; inicialmente navio iria para o Mar Mediterrâneo

O Porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower O Porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower  - Foto: Ryan D. McLearnon / US Department of Defense / AFP

O Departamento de Defesa americano decidiu redirecionar o grupo de ataque do porta-aviões USS Eisenhower para o Golfo Pérsico, no litoral iraniano. A decisão foi anunciada neste domingo pelo secretário da pasta Lloyd Austin. Nesta terça-feira, o governo americano confirmou, por meio de nota, a transferência do navio para o Comando Central dos EUA, responsável por ações militares na área.

O Golfo Pérsico banha diferentes países do Oriente Médio, entre eles o Irã. As tensões com os Estados Unidos voltaram a crescer após o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que conta com apoio iraniano.

— Isto é mensagem de dissuasão para aqueles que desejam transformar este conflito num conflito regional mais amplo. Faremos tudo e tomaremos todas as medidas necessárias para proteger as forças dos EUA e os nossos interesses no exterior. Ninguém quer ver um conflito cada vez maior, e esse é o nosso principal objetivo. Mas também nunca hesitaremos em proteger as nossas forças — disse o secretário de Imprensa do Pentágono, general Pat Ryder.

Austin já havia confirmado o envio do USS Eisenhower para o Oriente Médio no dia 15 deste mês, após a eclosão do conflito entre Hamas e Israel. No entanto, inicialmente, ele ficaria alocado no leste do Mar Mediterrâneo, junto ao USS Gerald Ford, o principal e mais poderoso porta-aviões das Forças Armadas dos EUA.

— Faremos tudo o que for necessário para garantir que nossas forças estejam protegidas. Como sempre, defendemos o direito inerente à legítima defesa — disse Ryder

Além do porta-aviões, uma batéria antimísseis denominada Defesa Terminal de Área de Alta Altitude e um sistema antimísseis Patriot também foram enviados para a região. Tropas adicionais dos EUA foram avisadas para se preparaem para "atender ordens",acrescentou Ryder.

A nota divulgada pelo Departamento de Defesa afirma ainda que o governo americano mantém seu foco em "apoiar o direito de Israel de se defender dos ataques de terroristas". No entanto, o órgão destaca que continua preocupado "com a possibilidade de algumas partes tentarem escalar o conflito em Israel para um conflito maior no Oriente Médio ou aproveitar a oportunidade para atacar as forças americanas".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, alertou o Irã que os Estados Unidos responderiam "decisivamente" a qualquer ataque de seus representantes, à medida que as tensões aumentam com a guerra entre Israel e Hamas.

— Os Estados Unidos não buscam um conflito com o Irã. Não queremos que essa guerra se amplie. Mas se o Irã ou seus representantes atacarem o corpo de funcionários dos EUA, em qualquer lugar, não se engane: defenderemos nosso povo - defenderemos nossa segurança - de forma rápida e decisiva — alertou Blinken.

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