EUA lamentam recusa da China a diálogo entre secretários de Defesa
O secretário de Defesa dos EUA chamou a decisão de Pequim de "infeliz" e destacou que é importante que países com grandes capacidades bélicas possam conversar
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, considerou "infeliz" a recusa da China a uma reunião com seu homólogo chinês, depois de acusar Pequim de ter um comportamento "provocativo".
Washington conversou com o ministro chinês da Defesa Nacional, Li Shangfu, para uma reunião com Austin durante um fórum de Defesa esta semana em Singapura.
Mas Pequim não aceitou a proposta e uma porta-voz da diplomacia chinesa declarou que "Washington sabe claramente por que atualmente existem dificuldades na comunicação militar".
Durante uma escala em Tóquio antes da viagem a Singapura, Austin chamou a decisão de Pequim de "infeliz".
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Ele destacou que é importante que países com grandes capacidades bélicas possam conversar "para administrar as crises e evitar que as coisas saiam de controle de maneira desnecessária".
As recentes "interceptações provocativas de nossas aeronaves e também dos aviões dos nossos aliados" por parte da China são "muito preocupantes".
"Estou preocupado que aconteça um incidente que poderia sair, muito rapidamente, do controle", acrescentou.
O governo dos Estados Unidos informou na terça-feira (30) que o piloto de uma caça chinesa executou uma "manobra desnecessariamente agressiva" perto de um avião americano de vigilância que sobrevoava na semana passada o Mar da China Meridional.
Imagens divulgadas por Washington mostram uma caça chinesa passando à frente da aeronave americana, que balança após a turbulência.
A China respondeu que o avião americano invadiu uma zona de treinamento militar.
Austin afirmou que permanece aberto a qualquer oportunidade de dialogar com a China.
"Os Departamentos de Defesa deveriam conversar com frequência", destaque.