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Iêmen

EUA lançam três novos ataques contra rebeldes huthis do Iêmen

Os huthis começaram os ataques navais no Mar Vermelho em novembro, argumentando que seu objetivo eram as embarcações

Bandeira do IémenBandeira do Iémen - Foto: Reprodução

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O Exército americano lançou, nesta sexta-feira (19), uma nova série de ataques contra os rebeldes huthis do Iêmen, visando a lançadores de mísseis que se preparavam para atacar navios no Mar Vermelho, informou a Casa Branca.

Washington busca reduzir as capacidades militares dos huthis apoiados pelo Irã, mas após uma semana de ataques, os rebeldes puderam continuar com sua ofensiva contra os navios mercantes, e prometeram que esses seguirão sendo seu alvo.

Os huthis começaram os ataques navais no Mar Vermelho em novembro, argumentando que seu objetivo eram as embarcações "vinculadas a Israel" em apoio aos palestinos em Gaza. Depois, também declararam como "alvos legítimos" os interesses americanos e britânicos.

"As forças americanas realizaram com sucesso nesta manhã três ataques de autodefesa contra alvos huthis no Iêmen", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

"Essas ações (...) ajudam a tornar mais seguras as águas internacionais para os navios de guerra e para os mercantes", acrescentou.

A campanha aérea contra os huthis começou na semana passada com ataques americanos e britânicos a cerca de 30 locais no Iêmen. Posteriormente, os Estados Unidos atacaram um radar huthi em uma manobra descrita como "ação de acompanhamento" aos ataques anteriores.

Os ataques reiterados dos huthis obrigaram empresas de navegação a evitar essa passagem-chave para o comércio internacional, o que gera temores de aumento de preços e problemas de abastecimento.

Crise aumenta no Oriente Médio
Desde então, as forças americanas realizaram outros ataques aéreos contra mísseis em terra que Washington disse que estavam prontos para serem disparados e supõem uma ameaça para navios militares e civis.

Washington também busca pressionar diplomática e financeiramente os huthis ao designá-los novamente como "terroristas", depois que o próprio presidente havia lhes retirado essa classificação ao assumir o poder.

Esse é um capítulo a mais na crescente e perigosa crise no Oriente Médio.

Nesta região, militantes apoiados pelo Irã executam ataques contra tropas americanas no Iraque e na Síria, Israel e Hezbollah trocam fogo diariamente na fronteira e a guerra contra o Hamas deixa um número devastador de mortos na Faixa de Gaza.

A mais recente escalada no conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro quando combatentes do grupo palestino atacaram a partir de Gaza e mataram 1.140 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Israel respondeu ao ataque, com posterior ajuda militar americana, e empreendeu uma campanha militar em Gaza que deixou pelo menos 24.762 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

A violência no Iraque e Síria e os contínuos ataques dos huthis fazem crescer o temor de um conflito regional maior que envolva diretamente o Irã, um cenário que Washington está tentando evitar.

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