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Solicitação oficial

EUA não recebeu pedido do Brasil sobre Bolsonaro, diz Casa Branca

Declaração foi dada pelo assessor de Segurança Nacional, que acompanha o presidente Biden em reunião da cúpula dos líderes da América do Norte, no México

Assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake SullivanAssessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan - Foto: Anna Moneymaker / Getty Imagens North America / Getty Images via AFP

Os Estados Unidos "não receberam uma solicitação oficial" do governo brasileiro sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, depois que uma turba de bolsonaristas atacou as sedes dos Três Poderes em Brasília, afirmou o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, nesta segunda-feira (9).

"Por ora, não recebemos nenhuma solicitação oficial do governo brasileiro relacionada com Bolsonaro", afirmou Sullivan a jornalistas no México, onde acompanha o presidente Joe Biden para uma reunião de cúpula dos líderes da América do Norte. "Obviamente, se recebermos solicitações desse tipo, vamos tratá-las como sempre fizemos, com seriedade", acrescentou.

Biden falou por telefone nesta segunda-feira com Luiz Inácio Lula da Silva, convidou-o a ir a Washington em fevereiro e ele aceitou, segundo um comunicado conjunto publicado pela Casa Branca.

O presidente americano "transmitiu o apoio incondicional dos Estados Unidos à democracia do Brasil e ao livre arbítrio do povo brasileiro, como ficou expresso nas recentes eleições do Brasil", vencidas por Lula. Além disso, "condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder".

No domingo, milhares de simpatizantes do ex-presidente, que perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva, tomaram de assalto o Palácio do Planalto, sede do Executivo, e os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

Horas depois, Bolsonaro, que se encontra na Flórida, escreveu no Twitter: "Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje [domingo], assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra".

Sullivan não fez comentários sobre o paradeiro de Bolsonaro.

"Que eu saiba, não estamos em contato direto com Bolsonaro, assim que, definitivamente, não posso falar sobre o seu paradeiro", limitou-se a dizer.

O presidente Biden, por sua vez, reprovou os distúrbios, classificando-os de "escandalosos", e voltou a condená-los nesta segunda, ao lado do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Há dois anos, os simpatizantes do ex-presidente americano Donald Trump invadiram o Capitólio em Washington em uma tentativa de evitar a certificação da vitória de Biden nas urnas.

Sullivan afirmou que Biden tem a intenção de conversar em breve com Lula, mas, por ora, ainda não se sabe quando.

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