EUA negam ter ajudado Ucrânia a matar generais russos
Porta-voz do Departamento de Defesa diz que o país não participa de decisões sobre alvos tomadas pelos militares ucranianos
Os Estados Unidos negaram nesta quinta-feira (5) terem entregue às forças ucranianas informações para matar generais russos perto das linhas de frente, como informou o jornal "The New York Times".
É correto que os Estados Unidos fornecem a Kiev elementos de inteligência "para ajudar os ucranianos a defender seu país", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa. Mas "não entregamos informações sobre a localização de comandos militares no campo de batalha, nem participamos de decisões sobre alvos tomadas pelos militares ucranianos", assinalou.
O New York Times havia publicado nessa quarta-feira (4) que as informações entregues pelos Estados Unidos ao Exército da Ucrânia permitiram localizar generais russos na frente, citando fontes anônimas do serviço de inteligência americano.
Leia também
• Embaixador da Ucrânia rebate declarações de Lula: 'Que culpa tem Ucrânia?'
• Rússia admite que apoio ocidental à Ucrânia freia ofensiva, mas insiste que cumprirá seus objetivos
• Lucro da Petrobras pode passar de R$ 40 bi após salto do petróleo com a guerra na Ucrânia
O jornal afirmou que "muitos" entre a dúzia de generais russos mortos pelas forças ucranianas foram localizados com a ajuda da inteligência americana, citando comandos militares.
O Conselho de Segurança Nacional dos EUA (NSC) já havia chamado de "irresponsável" a afirmação de que os Estados Unidos ajudavam a Ucrânia a matar generais russos.
Os esforços de Washington no campo da inteligência para ajudar a Ucrânia em seus combates "se concentraram", entre outras coisas, "em determinar a localização e outros detalhes sobre os quartéis-generais móveis do Exército russo, que se deslocam com regularidade", publicou o Times.