EUA pede a Israel que seja 'transparente' sobre ataque a escola em Gaza
Há relatos de que 14 crianças foram mortas no ataque
Os Estados Unidos pediram a Israel, nesta quinta-feira (6), que seja "transparente" sobre o ataque a uma escola da ONU em Gaza, inclusive sobre se crianças foram mortas.
"O governo de Israel disse que vai divulgar mais informações sobre o ataque, incluindo os nomes das pessoas que morreram. Esperamos que sejam totalmente transparentes ao tornarem pública esta informação", declarou à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
O Exército de Israel disse ter realizado um ataque de precisão a um batalhão do Hamas dentro da escola administrada pela Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
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Miller declarou que os EUA acreditam nas declarações israelenses de que o grupo islamista por vezes se escondeu em infraestruturas civis, mas afirmou que estava aguardando informações sobre o último ataque.
"Vimos relatos de que 14 crianças foram mortas neste ataque e, certamente, quando vemos — se isso for verdade — que 14 crianças foram mortas, estas não são terroristas", afirmou.
Segundo fontes médicas, ao menos 37 pessoas morreram nesta quinta-feira no bombardeio realizado por aviões israelenses contra a escola da agência da ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou, após o incidente, que o ataque constituía "um novo exemplo terrível do preço que pagam" os civis palestinos em Gaza.
O Hamas, no poder em Gaza, denunciou, por sua vez, um "novo crime" e instou a comunidade internacional a pressionar Israel para pôr fim a "estes massacres brutais".