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EUA pede ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um debate sobre supostos abusos na China

A resolução será submetida à votação dos 47 países membros do Conselho em 6 ou 7 de outubro

Diretor do escritório de informação da região chinesa de Xinjiang, discursa durante uma coletiva de imprensa contra um relatório da ONU que adverte sobre possíveis crimes contra a humanidade em XinjiangDiretor do escritório de informação da região chinesa de Xinjiang, discursa durante uma coletiva de imprensa contra um relatório da ONU que adverte sobre possíveis crimes contra a humanidade em Xinjiang - Foto: Fabrice Coffrini / AFP

Os representantes dos Estados Unidos pediram nesta segunda-feira (26) um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação na região chinesa de Xinjiang, depois que um relatório apontou possíveis crimes contra a humanidade por parte de Pequim.

A delegação dos Estados Unidos na ONU em Genebra apresentou um projeto de resolução, ao qual a AFP teve acesso, no qual pede que o debate ocorra por ocasião da 52ª sessão do Conselho, no próximo ano.

É o primeiro projeto de resolução visando a China desde a criação do Conselho de Direitos da ONU em 2006. Foi apresentado com o apoio do Reino Unido, Canadá, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega. 

A resolução será submetida à votação dos 47 países membros do Conselho em 6 ou 7 de outubro.

Um relatório publicado em 31 de agosto pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa a China de perseguir as minorias de Xinjiang e, em primeiro lugar, os uigures.

Durante muito tempo, a região chinesa Xinjiang sofreu ataques violentos que o governo atribui aos separatistas e aos islâmicos uigures, o principal grupo étnico da região.

Há vários anos, os países ocidentais e as organizações de direitos humanos acusam a China de aprisionar mais de um milhão de uigures e outras minorias muçulmanas, incluindo os cazaques, em acampamentos em Xinjiang. 

Pequim rejeita essas acusações e afirma que luta contra o terrorismo e garante o desenvolvimento da região.

O relatório não fala de genocídio, mas menciona possíveis "crimes contra a humanidade" e "provas credíveis" de tortura e violência sexual e pede que a comunidade internacional que aja.

Pequim acusa a ONU de se tornar "um capanga e cúmplice dos Estados Unidos e do Ocidente".

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