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Guerra

EUA pedem que China use influência para dissuadir Irã de atacar Israel após bombardeio na Síria

Em conversa por telefone, o secretário de Estado do país conversou com seu homólogo chinês a evitar uma escalada da guerra

Bombeiros tentam extinguir focos de incêndio no prédio do Consulado do Irã em Damasco Bombeiros tentam extinguir focos de incêndio no prédio do Consulado do Irã em Damasco  - Foto: Louai Beshara/AFP

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao ministro das Relações Exteriores da China e a outros colegas que usem sua influência para dissuadir o Irã de atacar Israel, informou o Departamento de Estado na quinta-feira.

Blinken conversou por telefone com seus homólogos chineses, turcos, sauditas e europeus "para deixar claro que a escalada não é do interesse de ninguém e que os países devem instar o Irã a não escalar", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos repórteres.

A informação foi divulgada um dia depois de o presidente americano, Joe Biden, alertar contra as ameaças de Teerã em represália ao bombardeio, atribuído ao Exército israelense, contra o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria, na semana passada. O ataque deixou 11 militares mortos, incluindo um importante comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Mohammad Reza Zahedi, líder das Forças Quds — braço do grupo no exterior.

— Nós alertamos o Irã — declarou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma coletiva nesta quinta-feira.

Biden prometeu um apoio "firme" à Israel caso o Irã retaliasse Israel. Além de Teerã, os Estados Unidos também alertaram para o risco de um ataque partindo de grupos armados financiados pelo Irã no Oriente Médio no Iraque, Síria, Líbano e Iêmen, o chamado Eixo da Resistência.

Nos últimos dias, Israel reforçou a sua defesa antiaérea e suspendeu as autorizações de descanso para unidades de combate destacadas desde o início da guerra em Gaza contra o grupo terrorista Hamas.

Na quarta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, voltou a ameaçar publicamente Israel, que não confirmou a sua responsabilidade pelo ataque ao consulado iraniano. Khamenei disse que Israel "deve ser punido e será punido". Dias antes, um dos seus assessores declarou que as embaixadas israelenses "não estão mais seguras".

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, respondeu rapidamente dizendo que "se o Irã atacar a partir do seu território, Israel responderá e atacará o Irã".

Na esteira da retórica inflamada dos últimos dias, a companhia aérea alemã Lufthansa anunciou na quarta-feira a suspensão das conexões em Teerã, devido "à situação atual no Oriente Médio".

A Rússia pediu aos seus cidadãos que evitem viajar para Israel, Líbano e Territórios Palestinos, e apelou aos lados israelense e iraniano pela "moderação" para evitar mais "desestabilização" na região.

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