EUA podem enviar ajuda a Gaza e abrir corredor marítimo após morte de palestinos
O Hamas acusa Israel de atirar contra pessoas que corriam desesperadas atrás do comboio com ajuda humanitária na Cidade de Gaza
O presidente Joe Biden anunciou nesta sexta-feira (1º), que os Estados Unidos vão começar a usar aviões para lançar ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A decisão reflete a frustração da Casa Branca com o apoio insuficiente aos civis no enclave sitiado e crescente pressão após a morte de dezenas de palestinos desesperados atrás de um comboio humanitário.
"O fluxo de ajuda para a Faixa de Gaza não é nem de longe suficiente", disse Biden durante a visita a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. "Não é nem de longe suficiente. Vidas inocentes estão em risco, vidas de crianças estão em risco. Não ficaremos parados até conseguirmos que mais ajuda chegue", reforçou.
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Sem dar detalhes de quando, Biden disse que os aviões devem ser enviados em breve e que os Estados Unidos buscam outras formas para facilitar a entrada de ajuda para os palestinos em Gaza.
"Nos próximos dias, vamos nos juntar aos nossos amigos na Jordânia entre outros que estão fornecendo lançamentos aéreos com alimentos e suprimentos adicionais", disse Biden. "Vamos procurar abrir outros caminhos, incluindo possivelmente um corredor marítimo", acrescentou.
O Hamas acusa Israel de atirar contra pessoas que corriam desesperadas atrás do comboio com ajuda humanitária na Cidade de Gaza. O ministério da Saúde local, que é controlada pelo grupo terrorista, afirma que ao menos 115 pessoas morreram e 750 ficaram feridas.
Autoridades israelenses admitem que suas tropas dispararam contra palestinos que se aproximaram de forma "ameaçadora", mas atribui o número de vítimas à confusão.
Ontem, Biden disse a jornalistas que a Casa Branca analisa as duas versões e reconheceu que o a morte de civis palestinos na fila por ajuda humanitária pode complicar as negociações por um cessar-fogo, que se arrastam há semanas.