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Israel

EUA promete a Israel usar 'todo' seu poder para impedir que Irã tenha arma nuclear

Presidente Biden assinou novo pacto de segurança que fortalece frente comum contra o Irã

Presidente Biden acompanhado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog,  e o primeiro-ministro interino, Yair Lapid, em Jerusalém Presidente Biden acompanhado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, e o primeiro-ministro interino, Yair Lapid, em Jerusalém  - Foto: Gil Cohen-MagenI / AFP

Os Estados Unidos e Israel assinaram, nesta quinta-feira (14), um novo pacto de segurança que fortalece uma frente comum contra o Irã e o presidente Joe Biden prometeu usar "todo" o poder de seu país para impedir que Teerã desenvolva armas nucleares. 

Biden assinou com o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, uma declaração conjunta de Associação Estratégica com Israel em Jerusalém durante sua primeira visita ao Oriente Médio como presidente. 

No documento, Biden promete impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear.

Os Estados Unidos enfatizam que "estão dispostos a usar todas as ferramentas de seu poderio nacional para garantir esse objetivo", afirma esta declaração.

Pouco depois do anúncio, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, alertou Washington e seus aliados do Oriente Médio que não devem tentar desestabilizar a região.

"Declaro aos americanos e seus aliados regionais que a nação iraniana não aceitará nenhuma insegurança ou crise na região", disse o presidente durante um discurso televisionado. 

"Qualquer erro nesta região será recebido com uma resposta firme e lamentável", ameaçou.

Por sua vez, ao ser questionado sobre se os Estados Unidos estão preparados para fazer esforços diplomáticos com o Irã, Biden respondeu que seu governo expôs os termos exigidos para que o pacto referente ao programa nuclear de Teerã seja restaurado.

"Não vamos esperar para sempre" até que o Irã responda, frisou.
 

Israel é um oponente ferrenho a um acordo internacional com o Irã sobre seu programa nuclear, que Biden está tentando reviver, depois que seu antecessor Donald Trump se retirou unilateralmente do pacto de 2015. 

Lapid alertou que "palavras" e "diplomacia" não são suficientes para impedir as supostas ambições do Irã de adquirir uma bomba nuclear. 

"A diplomacia não vai detê-los. A única coisa que vai detê-los é saber que, se continuarem a desenvolver esse programa nuclear, o mundo livre vai usar a força. A única maneira de detê-los é colocar uma ameaça militar credível na mesa", disse Lapid ao lado de Biden na coletiva de imprensa. 

O Irã insiste em que seu programa nuclear é para fins civis e seu presidente já havia alertado na quarta-feira que, se a viagem de Biden ao Oriente Médio visa preservar a segurança do Irã, está fadada ao fracasso.


O petróleo saudita

Biden chegou a Tel Aviv na quarta-feira para a primeira viagem de sua presidência ao Oriente Médio.

Durante a visita, ele se reuniu com o presidente israelense, Isaac Herzog, e um velho conhecido, líder da oposição e ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"Disse-lhe que o acordo com o Irã é péssimo. Ele sabe minha posição", indicou uma declaração publicada por Netanyahu depois da reunião. A oposição aberta do líder ao pacto azedou as relações de Israel com o governo do ex-presidente americano Barack Obama, do qual Biden foi vice-presidente.

Uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia ocupada, está agendada para sexta-feira. Hoje, foram registradas manifestações contra o líder americano nessa região e em Gaza.

"Espero que nosso presidente Abas não se reúna com ele porque esta visita (...) no trará nenhuma solução política", disse à AFP Arafat Abu Ras, um manifestante em Ramallah.

Biden seguirá, então, para a Arábia Saudita, o inimigo regional do Irã, em um voo direto muito noticiado no Air Force One, o avião presidencial. 

A invasão russa da Ucrânia é um dos principais temas da agenda da viagem regional e os preços do petróleo estarão no centro de suas conversas com as autoridades sauditas. 

O presidente tentará convencer Riade a produzir mais petróleo para baixar os preços e, assim, conter o maior surto inflacionário dos Estados Unidos em décadas.

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