AMÉRICA DO NORTE

EUA registra menos migrantes na fronteira após novas normas migratórias

Em 2022, mais de 20 mil imigrantes mexicanos tentaram entrar no país de forma ilegal

Migrantes na fronteira do México com os Estados UnidosMigrantes na fronteira do México com os Estados Unidos - Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

O número de pessoas que tentam cruzar de forma ilegal a fronteira entre Estados Unidos e México diminuiu desde a entrada em vigor de novas normas migratórias, na semana passada, informou um funcionário americano nesta quarta-feira (17).

A polícia fronteiriça contabilizou menos de 4.000 prisões e deportações de imigrantes em cada um dos últimos dois dias, disse Blas Nunez-Neto, do Departamento de Segurança Nacional. Segundo ele, foram registrados 10 mil casos por dia na semana anterior ao levantamento do Título 42, medida tomada na pandemia para limitar a entrada no país.

A normativa foi substituída na semana passada por uma mais antiga, o Título 8, que inclui restrições ao direito ao asilo.

Autoridades buscam reduzir o número de imigrantes que tentam entrar no país a partir do México, que foi de mais de 20.000 por mês no ano passado, o que rendeu ao presidente Joe Biden duras críticas dos republicanos.

O aplicativo CBP One, criado para centralizar os pedidos de entrevistas migratórias nos Estados Unidos, recebeu dezenas de milhares de visitas e mais de 5.000 "foram processadas" desde o último dia 12, informou Nunez-Neto, assinalando, no entanto, que é cedo "para tirar conclusões definitivas destes primeiros indícios".

Um grupo de 115 cidadãos chegou hoje à Guatemala procedente dos Estados Unidos, no primeiro voo de deportados sob o Título 8, informou Alejandra Mena, porta-voz do Instituto Guatemalteco de Migração (IGM).

Alejandra afirmou que a fronteira dos Estados Unidos "está fechada para a imigração irregular. Aqueles que tentarem entrar serão levados para um centro de detenção e, posteriormente, devolvidos à Guatemala".

A chancelaria guatemalteca estima que cerca de 2,7 milhões de cidadãos daquele país estejam nos Estados Unidos, mas que apenas 400 mil possuam documentos para trabalhar.

Na quarta-feira, uma menina de oito anos morreu sob custódia dos Estados Unidos em Harlingen, uma cidade do Texas próxima do Golfo do México.

Em comunicado, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) afirmou que "a menina e sua família estavam sob custódia em Harlingen, onde ela teve uma emergência médica" e depois de ser levada ao hospital "foi declarada morta".

A agência, que não revelou detalhes sobre a identidade ou nacionalidade da criança, informou que abrirá uma investigação sobre a morte.

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