EUA sanciona dois chefes do cartel mexicano CJNG por tráfico de fentanil
No último mês, os Estados Unidos "impuseram cinco novas rodadas de sanções" a organizações criminosas transnacionais
Os Estados Unidos sancionaram, nesta terça-feira (23), dois chefes do Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG) por tráfico de fentanil e duas empresas vinculadas a eles, informou o Departamento do Tesouro.
O CJNG "é um dos maiores produtores e traficantes de fentanil ilegal para os Estados Unidos", afirma em um comunicado.
O governo do presidente americano Joe Biden declarou guerra a esse opioide responsável pela imensa maioria das mais de 100.000 mortes por overdose registradas anualmente no país.
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A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), subsidiada ao Departamento do Tesouro, "coordenou essa ação com o governo do México", informa a nota.
Um dos sancionados é Juan Carlos Bañuelos Ramírez, a quem Washington acusa de ser "um líder de uma cédula do CJNG que trabalhou para enviar metanfetamina e fentanil", a território americano.
Concretamente, Bañuelos comprou as substâncias necessárias para fabricar fentanil, conhecidas como precursores, para importá-las ao México e dirige a produção de metanfetamina, acrescenta o Departamento.
Também o acusa de ter adquirido armas automáticas e drones para o CJNG.
O outro sancionado é Gerardo Rivera Ibarra, chefe de uma célula do cartel capaz de fornecer fentanil, metanfetamina e cocaína. Segundo Washington, permanece em contato com um líder do CJNG, Audias Flores Silva.
A OFAC também sancionou as empresas mexicanas Fornely Lab, dedicada ao comércio atacadista, por sua conexão com Rivera, e Inmobiliária Universal Deja Vu, vinculada a Bañuelos.
No último mês, os Estados Unidos "impuseram cinco novas rodadas de sanções" a organizações criminosas transnacionais, incluindo o CJNG, afirma o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, citado no comunicado.
Como resultado das sanções, todos os bens e participações em bens dos sancionados que se encontrem nos Estados Unidos ou que estejam em poder ou sob o controle de americanos ficam bloqueados.