EUA sanciona membros do cartel de Sinaloa por tráfico de fentanil
Governo do presidente Joe Biden declarou guerra ao fentanil
Os Estados Unidos impuseram, nesta quarta-feira (9), sanções a três membros do cartel de Sinaloa por "tráfico ilícito de fentanil e outras drogas", informou o Departamento do Tesouro.
As sanções visam "pessoas-chave responsáveis por facilitar o tráfico ilícito de drogas mortais, incluindo o fentanil, para os Estados Unidos, onde causa devastação em nossas comunidades", afirmou Brian E. Nelson, subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, citado no comunicado.
O governo do presidente Joe Biden declarou guerra ao fentanil, um opioide até 50 vezes mais potente que a heroína, que tem sido responsável por grande parte das quase 110.000 mortes por overdose no país em 2022.
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Washington alega que a maior parte do fentanil que entra nos Estados Unidos vem de cartéis mexicanos que o produzem com substâncias (chamadas precursores), importadas principalmente da China.
Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram as sanções.
Desta vez, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, sigla em inglês) sancionou os irmãos Alfonso Arzate García e René Arzate García, a quem classifica como "extremamente violentos".
Os irmãos são acusados de liderar operações de tráfico de drogas do cartel de Sinaloa em Tijuana (noroeste) e municípios vizinhos, de estarem "envolvidos na importação de grandes quantidades de drogas ilícitas, incluindo o fentanil" e de "sequestros e execuções".
Ambos estão foragidos e são alvo de acusação por tráfico de drogas em um tribunal norte-americano desde 2014.
Além disso, a OFAC sancionou Rafael Guadalupe Félix Núñez, conhecido como "El Changuito Ántrax", que começou trabalhando como sicário para o cartel em 2008 e cinco anos depois assumiu mais responsabilidades em seu braço armado conhecido como Los Ántrax.
Ele foi preso pelas autoridades mexicanas em novembro de 2014 e em 2017 escapou de uma prisão em Culiacán, em Sinaloa (noroeste).
Desde então, Guadalupe Félix Núñez permanece foragido e "se tornou um líder poderoso e violento do cartel de Sinaloa na cidade de Manzanillo", cujo porto "recebe remessas de todo o mundo, incluindo cocaína da Colômbia e precursores químicos ilícitos" da Ásia, que são usados para sintetizar o fentanil, acusam os Estados Unidos.
O porto de Manzanillo "também é um centro estratégico de transporte de drogas", acrescenta o comunicado.
Como resultado das sanções, aplicadas em coordenação com a unidade de inteligência financeira mexicana, todos os bens e participações dos sancionados que estejam nos Estados Unidos ou que estejam sob posse ou controle de norte-americanos são bloqueados.