Internacional

EUA sancionam cidadãos e entidades russas por programa armamentista da Coreia do Norte

Entidades são apontadas como cumplices de ajudar a Coreia do Norte a adquirir componentes para seus sistemas de mísseis balísticos

Joe BidenJoe Biden - Foto: Brendan Smialowsk/AFP

Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (11), sanções econômicas contra duas pessoas e três entidades russas, acusadas de apoiar a Coreia do Norte em dois testes de mísseis recentes, que Pyongyang garantiu que se tratavam de provas para o lançamento de um satélite. 

"A ação de hoje está voltada para um grupo de pessoas e empresas estrangeiras que fornecem ajuda a um agente de provisionamento na Rússia vinculado à indústria de defesa da Coreia do Norte", indicou o Departamento do Tesouro americano em comunicado.

"Grande parte desta atividade também viola as proibições da ONU contra a Coreia do Norte", acrescentou o departamento.

Pyongyang já realizou diversos lançamentos de mísseis este ano e garante que os mesmos são testes para o desenvolvimento de satélites.

Contudo, os Estados Unidos afirmaram na quinta-feira que o país asiático havia testado efetivamente um novo sistema de mísseis balísticos intercontinentais, o que representa uma "grave escalada", após analisar dois lançamentos, realizados em 26 de fevereiro e 4 de março.

A Coreia do Norte "continua disparando mísseis balísticos em flagrante violação do direito internacional, o que representa uma grave ameaça para a segurança global", afirma o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, citado no comunicado.

As sanções "respondem a essa ameaça ao estabelecerem como alvo uma rede de indivíduos e entidades baseadas na Rússia, cúmplices de ajudar a Coreia do Norte a adquirir componentes para seus sistemas de mísseis balísticos ilegais", acrescentou.

Washington e seus aliados não conseguiram fazer com que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse um texto contra a Coreia do Norte nesta semana, devido à oposição de Rússia e China.

Apesar das duras sanções internacionais por seus testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, Pyongyang rejeitou até agora todas as ofertas de diálogo desde que as negociações entre o líder Kim Jong Un e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fracassaram em 2019.

A Coreia do Norte vem modernizado o seu exército e advertiu em janeiro que poderia suspender uma moratória autoimposta sobre os testes de mísseis de longo alcance e de armas nucleares.

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