saúde

EUA testam abrangência de nova droga para reduzir colesterol ruim e dores musculares

Estudo mostra que o ácido não causa dores musculares, mas é menos eficaz que as estatinas

Manter taxas de colesterol sob controle é vital para o organismoManter taxas de colesterol sob controle é vital para o organismo - Foto: Arthur Mota/Arquivo Folha

Uma nova droga, aprovada há três anos para reduzir os níveis de colesterol LDL, conhecido como "colesterol ruim", pode ajudar pacientes sofrem com dores musculares devido ao uso de estatinas. Até agora, milhões de americanos com alto risco de ataques cardíacos e cujos níveis de colesterol LDL são perturbadoramente altos tem sido instruídos repetidas vezes por seus médicos a tomar uma estatina. Esses medicamentos genéricos baratos demonstraram reduzir os níveis de colesterol e prevenir ataques cardíacos, derrames e mortes.

Mas muitas pessoas não podem ou não querem tomar as drogas, muitas vezes relatando que as estatinas fazem seus músculos doerem. Agora, um estudo com 14 mil pacientes mostrou que o ácido bempedóico, que reduz os níveis de LDL e foi projetado para evitar dores musculares, também reduziu modestamente o risco de ataques cardíacos, derrames e outras complicações de doenças cardíacas.

O estudo foi dirigido pelo Dr. Steven Nissen, da Cleveland Clinic, e pago pelo fabricante do medicamento, Esperion Therapeutics, que o vende sob a marca Nexletol. O resultado foi publicado no The New England Journal of Medicine e apresentado na reunião anual do American College of Cardiology.

A medicação junta-se a várias alternativas às estatinas que demonstraram reduzir doenças cardíacas, mas alguns especialistas dizem duvidar que a droga seja mais suscetível de ser adotada por pacientes que desconfiam das estatinas e, muitas vezes, de outras drogas para baixar o LDL.

O ácido bempedóico foi aprovado há três anos pela Food and Drug Administration por reduzir os níveis de LDL, mas o novo estudo mostrou que a droga diminuiu modestamente o risco combinado de complicações cardiovasculares – ataques cardíacos, derrames, artérias bloqueadas que precisavam ser reabertas com stents ou cirurgia de bypass ou morte cardiovascular – embora não diminuísse a taxa geral de mortalidade.

O produto não demonstrou, porém, a mesma eficácia das estatinas para reduzir a taxa de LDL. O teste envolveu pessoas com níveis de LDL altos, de 139 miligramas por decilitro, com alto risco de sofrer ataque cardíaco ou derrame. Aleatoriamente eles foram designadas para tomar ácido bempedóico ou placebo.

Os cardiologistas geralmente dizem que esses pacientes devem ter seu LDL abaixo de 70. No teste, o ácido bempedóico reduziu os níveis de LDL em cerca de 20%. O nível médio de LDL naqueles que tomaram o medicamento foi de 107, em comparação com 136 nos pacientes que tomaram placebo. As estatinas, por sua vez, podem reduzir os níveis de LDL em até 50%.

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