Eurodeputado sueco de extrema direita é condenado em apelação por agressão sexual
Com base numa investigação, o tribunal concluiu que "não há dúvidas razoáveis" sobre o fato de "que o eurodeputado tocou nos seios da queixosa
Um eurodeputado sueco de extrema direita foi condenado em apelação por agressão sexual contra uma integrante de seu partido Democratas da Suécia (SD), informou a Justiça sueca nesta segunda-feira (22).
Absolvido em primeira instância no ano passado, Peter Lundgren, de 58 anos, foi finalmente condenado pelo Tribunal de Apelação de Göta (sul da Suécia) a uma pena de 60 dias de multa (aplicável sobre seu salário), após o Ministério Público "apresentar mais provas" incriminando-o.
Com base numa investigação, o tribunal concluiu que "não há dúvidas razoáveis" sobre o fato de "que o eurodeputado tocou nos seios da queixosa, contra a sua vontade", afirmou a justiça em nota.
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O político do SD, eurodeputado desde 2014, foi acusado de ter violado, em março de 2018, a "integridade sexual" da sua vítima "ao colocar as mãos debaixo do suéter e do sutiã e tocar-lhe nos seios", segundo a denúncia.
O caso veio à tona em maio de 2019, quando Kristina Winberg, então eurodeputada pelo SD, informou os líderes do partido sobre os atos perpetrados por Peter Lundgren contra outra parlamentar.
De acordo com a imprensa sueca, isso fez com que fosse excluído da lista do seu partido para as eleições europeias seguintes.
O SD justificou esta decisão por seu "comportamento repreensível e imprudente contra colegas e funcionários" do partido.
Em 2014, Peter Lundgren tornou-se um dos dois primeiros eleitos do SD ao Parlamento Europeu. Ele foi reeleito em 2019.