Europa avança em flexibilização de restrições, enquanto Índia sofre
O coronavírus já deixou 3.272.332 mortos no mundo desde o final de 2019 e contaminou mais de 156.790.180, segundo balanço da AFP estabelecido no sábado
A Europa avançava, neste domingo (9), no desconfinamento, com o levantamento do estado de alarme na Espanha ou o relaxamento das restrições na Alemanha, enquanto a Índia continua imersa numa situação trágica - com mais de 4.000 mortes em um dia.
A Espanha comemorou nas ruas o fim do estado de alarme, que também significou o levantamento em muitas regiões do toque de recolher que prevalecia há meses, em um país conhecido por sua agitada vida noturna.
Gritos, aplausos, música e até fogos de artifício explodiram em Barcelona quando os relógios marcaram meia-noite e centenas de jovens foram à praia, onde se improvisou uma festa.
"Parece que é fim de ano", disse Oriol Corbella, de 28 anos.
Com exceção do Natal, quando as restrições foram afrouxadas por alguns dias para permitir reuniões familiares, os espanhóis não podiam deixar suas regiões desde o início do estado de alarme, no final de outubro.
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Com quase 79 mil mortes e 3,5 milhões de infecções, a Espanha foi um dos países mais atingidos pelo vírus na Europa, um continente que continua a avançar no desconfinamento.
Na Bélgica, depois de quase sete meses, as áreas externas de cafés e bares reabriram, embora a polícia tenha tido que intervir em Bruxelas para dispersar centenas de pessoas que festejavam nas ruas na madrugada.
E na Alemanha, mais de sete milhões de vacinados começaram a se beneficiar do relaxamento das restrições e agora podem ir ao cabeleireiro sem um teste negativo, entre outras coisas.
O coronavírus já deixou 3.272.332 mortos no mundo desde o final de 2019 e contaminou mais de 156.790.180, segundo balanço da AFP estabelecido no sábado.
- 4.000 mortos na Índia em 24 horas-
A situação europeia contrasta com a da Índia, onde mais de 4.000 pessoas morreram em um dia.
A virulência da pandemia subjugou o frágil sistema de saúde deste país de 1,3 bilhão de habitantes, que registrou 4.197 mortes no sábado, segundo dados oficiais.
Pessoas infectadas com o coronavírus continuam morrendo nas portas de hospitais que colapsaram, apesar da ajuda internacional.
E o pior ainda está por vir, segundo especialistas, que esperam um pico no final de maio.
O gigante asiático acumula 238.270 mortes e 21,9 milhões de casos, números que vêm aumentando rapidamente.
Na Nova Zelândia, as autoridades de saúde anunciaram neste domingo a retomada dos voos sem quarentena de Sydney por consideraram que a situação epidêmica está sob controle.
Na América Latina, com mais de 948.000 mortes desde o início da pandemia, o número de infecções parece estar diminuindo.
O México reduzirá as medidas sanitárias na capital na próxima semana, devido ao contínuo declínio das infecções.
Mas a situação continua a criar agitação social. Na Guatemala, dezenas de pessoas exigiram no sábado a renúncia do presidente Alejandro Giammattei devido à falta de vacinas contra a covid-19.
"O governo tem sido muito pouco transparente com o uso do dinheiro. Há uma incompetência total na administração pública", disse Jorge Búcaro, líder da associação estudantil da Universidade de San Carlos (USAC).
E em Honduras, sete prefeitos da oposição imploraram ao presidente do vizinho El Salvador, Nayib Bukele, que lhes dê vacinas porque sua "população está morrendo".
Com cerca de dez milhões de habitantes, Honduras recebeu apenas 248.600 doses de vacinas, enquanto El Salvador, com 6,5 milhões de habitantes, é o país da região com o maior índice de vacinação.
- Levantamento de patentes -
Enquanto isso, o debate no mundo sobre o levantamento das patentes das vacinas anticovid.
A União Europeia devolveu a bola aos Estados Unidos sobre a suspensão das patentes, pedindo a Washington "propostas concretas".
Os europeus consideram que a produção e exportação de vacinas nas fábricas existentes é a melhor forma de responder rapidamente à demanda global.
A possível suspensão das patentes dos imunizantes foi proposta pela Índia e África do Sul, e recebeu apoio surpreendente dos Estados Unidos.