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Europa deve pensar na própria "defesa e segurança" diante da amaeaça russa, afirma Macron

Durante a visita, o presidente francês também alertou para os perigos da extrema direita, que tem a expectativa de alcançar bons resultados nas eleições europeias

Presidente da França, Emmanuel Macron, no BrasilPresidente da França, Emmanuel Macron, no Brasil - Foto: Divulgação/Ayrton Vignola/Fiesp

A Europa atravessa “um momento sem precedentes na sua história” e, diante da ameaça russa, deve pensar na sua própria “defesa e segurança”, alertou o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (27), durante uma visita à Alemanha.

“Não mudaremos a geografia com a Rússia, que hoje ameaça a nossa segurança e atacou a Ucrânia”, declarou Macron a jovens em Dresden, no leste da Alemanha, onde se encontra em visita de Estado a menos de duas semanas das eleições europeias.

O continente europeu tem contado nos últimos anos com o apoio dos Estados Unidos, que é atualmente o principal fornecedor de armas à Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
 

"Temos o direito e até o dever de dizer a nós mesmos o quão sortudos somos por ter esses aliados. Mas é razoável pedir a eles que se esforcem cada vez mais?"

“Nós, europeus, queremos uma paz duradoura, isto é, uma paz que os ucranianos – porque teremos permitido que se defendam – terão escolhido e negociado”, continuou, destacando que não haverá uma “capitulação”, ou seja, um acordo entre Kiev e Moscou pelo fim da guerra.

“Devemos pensar na nossa defesa (...) como um aliado no coração da Otan, como membro da União Europeia, mas também como membro da comunidade política europeia”, disse Macron.

“A verdadeira reunificação da Europa será uma Europa que saiba pensar em um marco comum de segurança e defesa por si mesma e para si mesma, esse é o desafio dos próximos anos”, insistiu.

Durante a visita, Macron também alertou para os perigos da extrema direita, que tem a expectativa de alcançar bons resultados nas eleições europeias. Na França, o partido de extrema direita Rassemblement National (RN, Reagrupamento Nacional) lidera as intenções de voto para o pleito, que vai ocorrer de 6 a 9 de junho.

A Alemanha, por sua vez, enfrenta um fortalecimento do partido de extrema direita AfD, que as pesquisas colocam à frente das três siglas da coligação do chanceler Olaf Scholz.

“Vamos olhar ao nosso redor para o fascínio pelos regimes autoritários, vamos olhar ao nosso redor para o momento antiliberal que vivemos”, declarou.

“A extrema direita, este vento maligno que sopra na Europa, é uma realidade, então vamos acordar”, encorajou.

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