Ex-advogado de Trump testemunha em NY por pagamento a atriz pornô
Cohen testemunha dentro da investigação sobre os 130 mil dólares que entregou, em 2016, à atriz pornô Stormy Daniels
O ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, testemunhou, nesta segunda-feira (13), diante de um grande júri em Nova York como parte da investigação sobre o dinheiro entregue a uma atriz pornô em troca de seu silêncio, que envolve o ex-presidente americano.
Se o caso prosperar, Trump, de 76 anos, pode se tornar o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos acusado na Justiça criminal.
O magnata republicano, candidato a um novo mandato na Casa Branca, "deve prestar contas por suas condutas sujas", declarou Cohen a diversos meios de comunicação ao chegar ao tribunal. Também garantiu que quer "dizer a verdade" e não busca "vingança".
Questionado pela AFP, seu advogado, Lanny Davis, confirmou que seu cliente "estava sendo interrogado pelo grande júri", um painel de cidadãos com amplos poderes para investigar.
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Cohen testemunha dentro da investigação sobre os 130 mil dólares que entregou, em 2016, à atriz pornô Stormy Daniels - cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford - para que ela guardasse silêncio sobre a suposta relação que teve com Trump.
O pagamento foi feito duas semanas antes da eleição em que o republicano derrotou a democrata Hillary Clinton.
Cohen foi condenado a três anos de prisão depois de se declarar culpado, em particular por ter orquestrado esse pagamento em violação das leis sobre o financiamento de campanhas eleitorais. Ele, no entanto, garantiu ter agido a pedido de Trump, que o reembolsaria assim que fosse eleito presidente.
Segundo o New York Times, o ex-presidente poderia ser acusado de tentar maquiar relatórios contábeis para dissimular o pagamento a Stormy Daniels. Um crime que poderia ser mais grave se os promotores considerarem que Trump buscava contornar os regulamentos sobre financiamento de campanhas eleitorais, segundo a publicação.
Depois das revelações midiáticas, Trump denunciou, em sua rede Truth Social, ser vítima de uma "caça às bruxas política que busca derrubar o candidato" com melhores opções para representar o Partido Republicano.
O ex-presidente é investigado por diferentes casos, mas jamais foi acusado.