Ex-CEO da Pemex recebe direito de prisão domiciliar em julgamento do caso Odebrecht
Ele foi detido na Espanha em fevereiro de 2020 e extraditado para o México em julho do mesmo ano
Um juiz federal concedeu na terça-feira o direito de prisão domiciliar a Emilio Lozoya, ex-CEO da empresa estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), detido há dois anos e acusado de receber subornos da empreiteira brasileira Odebrecht.
Segundo a imprensa mexicana, que citaram as autoridades penitenciárias da Cidade do México, o ex-executivo deixou uma prisão da zona norte da cidade durante a noite.
O juiz determinou "liberdade processual para que o seu julgamento continue assim", informou um comunicado da Procuradoria-Geral do México, que pretende apresentar recurso contra a medida sob a alegação de que concede a Lozoya “privilégios injustos e parciais”.
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Lozoya, que comandou a Pemex entre 2012 e 2016, é acusado de ter recebido subornos milionários da Odebrecht para financiar a campanha presidencial de 2012, vencida pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI).Ele foi detido na Espanha em fevereiro de 2020 e extraditado para o México em julho do mesmo ano.
Em um primeiro momento, após um acordo, Lozoya compareceu ao julgamento sob prisão domiciliária, mas foi preso em novembro de 2021, depois da divulgação de imagens dele em um restaurante.
Em 2022, a Procuradoria pediu uma pena de 39 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e suborno.