Guiné

Ex-ditador da Guiné é recapturado após ser removido da prisão por grupo armado

Dadis Camara enfrentou um processo juntamente com outros oficiais por um massacre perpetrado em 2009

O ex-ditador guineense Moussa Dadis Camara foi recapturado após ser retirado da prisão na manhã deste sábado (4)O ex-ditador guineense Moussa Dadis Camara foi recapturado após ser retirado da prisão na manhã deste sábado (4) - Foto: Seyllou Diallo/AFP

O ex-ditador guineense Moussa Dadis Camara foi recapturado após ser retirado da prisão na manhã deste sábado (4) em uma operação de homens armados, anunciou as forças armadas do país da África Ocidental e um de seus advogados.

“O capitão Moussa Dadis Camara foi encontrado são e salvo, e foi reconduzido à prisão”, disse à AFP o chefe da Direção de Informação das Forças Armadas (Dirpa), Ansouma Toumany Camara, sem mais detalhes sobre as situações da captura.

Um dos advogados de Camara, Jocamey Haba, confirmou que seu cliente estava novamente em uma cela.

Dadis Camara enfrentou um processo juntamente com outros oficiais por um massacre perpetrado em 2009, durante seu governo.

O ministro da Justiça, Alphonse Charles Wright, informou anteriormente que por volta das 5h GMT (2h no horário de Brasília) um "grupo de homens armados" invadiu a prisão central de Conacri e conseguiu retirar Dadis Camara e outros três presos.

Os advogados de Dadis Camara afirmaram que todos foram retirados de suas celas contra sua vontade e, portanto, não se tratavam de uma fuga.

Actualmente, apenas o coronel Claude Pivi continua desaparecido e está a ser "ativamente procurado" pelas forças de segurança, indicou o ministro.

Os disparos da operação de comando inicialmente suscitaram temores de um golpe de Estado, mas o Estado-Maior do Exército declarou rapidamente sua liderança ao atual governo e pediu calma à população.

Dadis Camara é acusado de assassinato, tortura, estupro e sequestro durante a repressão, em 28 de setembro de 2009, de uma manifestação da oposição nos subúrbios de Conacri.

De acordo com o relatório de uma comissão de investigação da ONU, mais de 156 pessoas morreram, centenas ficaram feridas devido à ação das forças de segurança, e pelo menos 109 mulheres foram estupradas.

A Guiné é um país com uma história tumultuada desde sua independência da França, em 1958, e está sob o comando do coronel Mamady Doumbouya desde setembro de 2021, quando derrubou o presidente Alpha Condé.

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