Ex-guarda nazista condenado à prisão morre aos 102 anos
Josef Schütz foi condenado em junho de 2022 por "cumplicidade" no assassinato de pelo menos 3.500 pessoas
Josef Schütz, ex-guarda de um campo de concentração nazista - condenado em 2022 a uma pena de prisão - morreu aos 102 anos, disse à AFP uma fonte próxima ao caso, nesta quarta-feira (26).
Este ex-suboficial das Waffen SS foi condenado em junho de 2022 por "cumplicidade" no assassinato de pelo menos 3.500 prisioneiros quando trabalhava, entre 1942 e 1945, no campo de Sachsenhausen, ao norte de Berlim.
Leia também
• Xi diz a Zelensky que negociar é a 'única saída' para a guerra Ucrânia-Rússia
• Mulheres poderão votar na próxima assembleia de bispos de todo o mundo
• Avanço dos falsos pastores provoca alarme no Quênia
Schütz foi condenado pelo tribunal de Havel em Brandemburgo (leste) a cinco anos de prisão, tornando-se assim a pessoa mais velha condenada por cumplicidade em crimes cometidos durante o Holocausto.
Seu advogado havia anunciado que iria recorrer, adiando a aplicação dessa penalidade pelo menos para este ano.
Nunca durante as trinta audiências ele expressou arrependimento ao contar seu passado.
Após a guerra, Schütz foi transferido para um campo de prisioneiros na Rússia e depois se estabeleceu em Brandemburgo (região ao redor de Berlim), onde trabalhou como agricultor e depois como serralheiro.
Entre sua abertura em 1936 e sua libertação pelos soviéticos em 22 de abril de 1945, o campo de concentração de Sachsenhausen recebeu cerca de 200.000 prisioneiros, principalmente opositores políticos, judeus e homossexuais.
Dezenas de milhares deles morreram, vítimas principalmente da exaustão devido ao trabalho forçado e às condições cruéis de detenção.