Ex-informante do FBI se diz culpado por mentir sobre esquema de suborno envolvendo Biden e Hunter
Alexander Smirnov também admitiu culpa por evasão fiscal em uma acusação separada, relacionada à ocultação de milhões de dólares em renda
Alexander Smirnov, um ex-informante do FBI, declarou-se culpado nesta segunda-feira por mentir sobre um esquema falso de suborno envolvendo o presidente Joe Biden e seu filho Hunter Biden, central no inquérito de impeachment conduzido pelos republicanos no Congresso americano. Smirnov também admitiu culpa por evasão fiscal em uma acusação separada, relacionada à ocultação de milhões de dólares em renda. Ele poderá cumprir entre quatro e seis anos de prisão, com sentença prevista para o próximo mês, e receberá crédito pelo tempo cumprido desde que foi preso, em fevereiro.
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Smirnov, que era informante há mais de uma década, afirmou que executivos da empresa ucraniana Burisma pagaram US$ 5 milhões a Biden e Hunter em 2015, mas documentos judiciais mostram que ele só teve negócios com a Burisma a partir de 2017. As alegações, segundo a Associated Press, surgiram em 2020, quando Smirnov demonstrou viés contra Biden como candidato presidencial. Uma investigação do FBI descartou as acusações e recomendou o fechamento do caso naquele ano.
Ele também alegou que autoridades russas poderiam ter gravações de Hunter em um hotel em Kiev, mas documentos mostram que o filho do presidente nunca esteve na Ucrânia. Ele afirmou que oficiais ligados à inteligência russa ajudaram a espalhar a história sobre os Bidens.
Embora Smirnov não fosse conhecido antes da acusação, suas acusações foram centrais para os esforços dos parlamentares do Partido Republicano de investigar a família Biden e iniciarem um inquérito de impeachment contra o presidente.
O caso foi conduzido pelo procurador especial David Weiss, que também processou Hunter por crimes fiscais e de armas. Hunter foi perdoado recentemente por Biden, que declarou que o processo havia sido politizado e "levou a uma injustiça". Até agora, não há evidências de que o presidente tenha agido de forma corrupta ou aceitado subornos.