Política

Ex-presidente do Equador descarta pedir asilo ao Paraguai

O MP do Equador pediu prisão domiciliar de Moreno por ter recebido suposto suborno de empresa chinesa em troca do contrato para construir maior usina hidrelétrica

Lenin Moreno - ""Não tenho necessidade de pedir asilo ao Paraguai"Lenin Moreno - ""Não tenho necessidade de pedir asilo ao Paraguai" - Foto: Saul Loeb/AFP

O ex-presidente equatoriano Lenin Moreno descartou pedir asilo político ao Paraguai, onde reside atualmente, para escapar de um processo iniciado pelo Ministério Público (MP) de seu país por corrupção, declarou à AFP nesta quarta-feira (8).

"Não tenho necessidade de pedir asilo ao Paraguai", disse Moreno em Assunção. "Não poderiam respeitar, por acaso, minhas declarações judiciais, que posso fazer perfeitamente na embaixada do Equador em Assunção?", questionou.

O MP do Equador pediu na semana passada a prisão domiciliar de Moreno, a quem acusa, juntamente com outras 36 pessoas, de corrupção, por ter recebido um suposto suborno de uma empresa chinesa em troca do contrato para construir a maior usina hidrelétrica do país.

O tribunal que trata do caso determinou que o ex-presidente se apresente a cada 15 dias à Corte Nacional de Justiça.

"Gostaria de ir ao Equador", disse Moreno, acrescentando: "Preciso, primeiramente, de um diagnóstico médico de que não correrei risco de vida, e que isso não passe de um capricho, uma vaidade das autoridades."

Moreno disse que foi internado duas vezes em Assunção no último semestre, "com risco muito grave de vida. Por isso, espanta-me que queiram me obrigar a retornar ao meu país para me apresentar quinzenalmente. Essa movimentação pode me matar", advertiu o político, que governou o Equador entre 2017 e 2021.

Moreno, que é comissário da Organização de Estados Americanos (OEA) para assuntos de deficiência, insistiu em que não pode viajar, por motivo de saúde. "Tive sangramentos internos muito fortes devido a esses movimentos bruscos, que me levaram ao limite da septicemia, uma infecção generalizada no sangue. Tenho que consultar os médicos que me atendem, para que possam me dizer se posso viajar, e em que condições", explicou.

Desde o ano passado, Moreno vive em Assunção, onde fica o escritório da OEA para pessoas portadoras de deficiência.

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