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Ex-rapper acusado de terrorismo é encontrado morto em prisão na Espanha

Ele havia sido julgado recentemente na Espanha por supostamente pertencer ao Estado Islâmico (EI)

Um ex-rapper de Londres, Abdel-Majed Abdel Bary, foi encontrado morto na prisãoUm ex-rapper de Londres, Abdel-Majed Abdel Bary, foi encontrado morto na prisão - Foto: Reprodução

Um ex-rapper de Londres, Abdel-Majed Abdel Bary, que havia sido julgado recentemente na Espanha por supostamente pertencer ao Estado Islâmico (EI), foi encontrado morto na prisão onde estava detido, informou nesta quarta-feira (26) as autoridades penitenciárias espanholas.

A morte do suspeito, que aguardava sentença no julgamento por supostamente ter se juntado ao EI durante uma viagem à Síria entre 2013 e 2015, foi confirmada à AFP por uma porta-voz das Instituições Penitenciárias.

"As causas de seu falecimento" não podem ser determinadas "até que a autópsia completa seja realizada", afirmou a porta-voz, que não forneceu mais detalhes, como quando ocorreu a morte ou em qual prisão estava o acusado.

Após o conhecimento do ocorrido, foi aberta uma investigação judicial e outra pelas Instituições Penitenciárias sobre os fatos, acrescentou a porta-voz.

Abdel-Majed Abdel Bary, preso em 2020 na Espanha e considerado na época pela polícia como um dos membros do EI "mais procurados na Europa", foi julgado em meados de julho pela Audiência Nacional, um tribunal madrilenho competente em questões de terrorismo.

A Promotoria pedia nove anos de prisão, acusando-o de "cometer fraudes bancárias" com dois amigos para financiar "atividades terroristas".

O acusado ficou conhecido em 2014 quando publicou uma foto macabra no Twitter, posando ao lado de uma cabeça decapitada, com a legenda: "Relaxando com meu amigo, ou o que resta dele".

Durante o julgamento, Abdel-Majed Abdel Bary negou as acusações contra ele, afirmando que nunca esteve na cidade síria de Raqqa e que não era a pessoa que aparecia na foto.

Ele era filho de Adel Abdel Bary, um egípcio condenado a 25 anos de prisão em 2015 em Nova York por seu envolvimento nos atentados às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998.

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