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Executivo de MMO acredita que o futuro dos games não estará recheado de inovações

Raph Koster prevê menos inovações devido ao aumento exponencial nos custos de desenvolvimento

Foto: Pixabay

Bastante conhecido no mercado de MMOs (Massive Multiplayer Online), Raph Koster já ocupou postos importantes na indústria, como designer-chefe de Ultima Online e chefe de EverQuest 2. Dito isto, o executivo falou recentemente a respeito de como ele enxerga o futuro do mercado de jogos eletrônicos.

Segundo Koster, ele mesmo realizou um levantamento sobre os custos de desenvolvimento de games e analisou dados a respeito desse tema em todo o globo. Com isso, ele acredita que nos próximos anos ocorrerão menos inovações no setor, todavia os custos de produção devem crescer.

"Compilei todos os dados, ajustei-os pela inflação e coloquei-os num gráfico. Foi assim que descobri que os orçamentos para desenvolvimento de jogos estão aumentando exponencialmente em 10 vezes por década”, relata Koster.

De acordo Koster, o investimento elevado no desenvolvimento de games acabou inibindo a criatividade de parte dos desenvolvedores. Isso porque ninguém que arriscar grandes quantias em ideias novas, já que sempre existe o risco de um título que não possua uma marca reconhecida não chame a atenção do público e, consequentemente, fracasse em suas vendas.

A Autoridade de Competição e Mercado do Reino Unido (CMA) revelou em meados desse ano que a produção de jogos de primeira linha, conhecidos na indústria como Triple A, tem aumentado assustadoramente, e em alguns casos as cifras chegam a casa do US$ 1 bilhão ( R$ 4.9 bilhão). Segundo a entidade, nem todo esse valor corresponde ao desenvolvimento do jogo, já que uma parte dos custos está relacionado ao marketing e distribuição do game. 

Foco no baixo risco
Dessa forma, o executivo explica que por conta desse cenário, as grandes desenvolvedoras de jogos eletrônicos geralmente têm colocado seus investimentos em títulos que se baseiam em conceitos testados e aprovados pelos jogadores, ou simplesmente eles “copiam” novidades apresentadas em games independentes de sucesso. 

No Brasil, a indústria de jogos anda relativamente aquecida, todavia, o alto custo de aquisição tanto dos games quanto dos consoles de nova geração, Xbox Series S/X e PlayStation 5, tem feito com que os consumidores busquem outras alternativas.

E, neste cenário, os jogos de cassinos online tem ganhando bastante popularidade no país. Já que além de ser uma opção de entretenimento menos dispendiosa, o usuário ainda pode conseguir alguns retornos caso seja bem-sucedido em suas apostas. Assim, descubra aqui os cassinos online que pagam e que, além disso, oferecem uma gama de ofertas promocionais, como o bônus de boas-vindas, que garante ao jogador um saldo extra assim que ele realiza seu registro e depósito inicial. 

Jogos de serviço são o futuro
Koster relata que os jogos de serviço devem dominar o nicho dos games no futuro, já que esse tipo de título é mais rentável para as desenvolvedoras. O especialista ainda destaca que prefere os games de assinatura, mas que esse tipo de modelo acaba não comportando os jogos focados em narrativa. 

"Adoro jogar games narrativos, independentemente do que faço para viver. Mas isso não importa. Acho que eles estão em desvantagem nesse mercado”, destaca o executivo. Koster ainda aponta que a indústria dos games pode ser bastante afetada por fatores econômicos e ambientais. Isso porque, ele acredita que os altos custos cobrados pela energia, seja para os desenvolvedores ou consumidores, pode afetar a oferta de games. 

Enquanto isso, Jade Raymond, que já esteve por trás do desenvolvimento da franquia de sucesso da Ubisoft, Assassin’s Creed, relata que ele concorda com os pontos apresentados por Koster, e que não enxerga grandes inovações para o futuro do mercado dos jogos eletrônicos. 

Segundo Raymond, as pessoas superestimam geralmente a velocidade das mudanças, sendo que na indústria dos jogos, boa parte dos títulos que as pessoas estarão jogando daqui a uma década, já estão em sua fase de desenvolvimento atualmente. 

As informações contidas neste artigo não refletem a opinião do Jornal Folha de Pernambuco e são de inteira responsabilidade de seus criadores.

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