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Eleições

Extrema direita chega ao poder em várias cidades espanholas

Governo ultraconservador e anti-feminista é tema central da campanha

Pedro Sanchéz, presidente do governo da EspanhaPedro Sanchéz, presidente do governo da Espanha - Foto: Fernando Calvo / La Mancloa / AFP

O partido de extrema direita Vox se estabeleceu neste sábado (17), em coalizão com o conservador Partido Popular (PP), à frente de dez grandes cidades espanholas, aliança que poderá repetir-se nas eleições gerais do próximo mês.

A cidade medieval de Toledo e a cidade de Burgos, no norte, estão entre os municípios que elegeram membros da coalizão PP-Vox, após as eleições locais e regionais de 28 de maio.

O Vox afirmou em comunicado que vai tentar suprimir "departamentos ideológicos" como os de Igualdad, que "esbanjaram" milhões de euros e "não resolveram os problemas reais".

A vitória do PP e do Vox nas eleições de maio levou o chefe do governo, o socialista Pedro Sánchez, a convocar eleições legislativas antecipadas para 23 de julho.

As pesquisas indicam que o PP alcançará a maioria em grande parte dos círculos eleitorais, mas terá que se aliar ao Vox para formar um governo.

Sánchez fez dessa ameaça de um governo ultraconservador e antifeminista o tema central de sua campanha para a reeleição.

Um acordo entre o PP e o Vox para governar a região de Valência (leste), a quarta mais populosa do país, causou estupor na quinta-feira.

O chefe do Vox em Valência, José María Llanos, desencadeou uma avalanche de críticas ao dizer que "a violência machista não existe".

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, que quer apresentar uma imagem moderada, logo tentou se distanciar e tuitou que "a violência de gênero existe e cada assassinato de uma mulher nos choca como sociedade".

"No PP não daremos nenhum passo atrás na luta contra este flagelo", acrescentou.

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