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Espanha

Extrema direita protesta contra projeto de anistia aos independentistas catalães na Espanha

O projeto de lei, muito polêmico, busca conceder anistia aos separatistas catalães processados pela Justiça espanhola

Manifestação convocada pela extrema direita espanhola aconteceu nesta terça-feira (7) em MadriManifestação convocada pela extrema direita espanhola aconteceu nesta terça-feira (7) em Madri - Foto: Pierre Philippe Marcou/AFP

Uma nova manifestação convocada pela extrema direita espanhola aconteceu nesta terça-feira (7) em Madri contra o projeto de lei do presidente de governo em fim de mandato, o socialista Pedro Sánchez, para anistiar os independentistas catalães.

O projeto de lei, muito polêmico, busca conceder anistia aos separatistas catalães processados pela Justiça espanhola, especialmente por sua participação na tentativa fracassada de secessão da Catalunha em 2017.

Sánchez, cujo Partido Socialista e Operário Espanhol (PSOE) ficou em segundo lugar nas eleições legislativas de 23 de julho, negocia esta anistia para obter o apoio indispensável dos partidos independentistas catalães para uma nova investidura.

O dirigente tem até 27 de novembro para conseguir a confiança do Parlamento e se manter no poder. Se não conseguir isso antes de vencer o prazo, novas eleições serão convocadas automaticamente.

O projeto despertou indignação na oposição de direita e extrema direita.

Nesta terça-feira, cerca de 7.000 manifestantes, segundo a polícia, se reuniram em frente à sede do PSOE em Madri, um protesto convocado por vários grupos de extrema direita e apoiados pelo partido Vox.

Uma parte dos presentes foi dispersada pela tropa de choque da polícia, que utilizou gás lacrimogênio. Segundo a imprensa local, outro grupo de manifestantes tentou se aproximar do Congresso dos Deputados, que estava protegido por um dispositivo policial significativo e um helicóptero.

Na segunda-feira, milhares de manifestantes também protestaram diante das sedes do PSOE em Madri, Barcelona e Valência. A manifestação da capital terminou com uma intervenção da polícia com gás lacrimogênio.

Sánchez denunciou ontem na rede X (antigo Twitter) o “assédio dos reacionários às Casas do Povo”. “Atacar as sedes do PSOE é atacar a democracia e todos os que acreditam nela”, acrescentou.

O político socialista ainda precisa garantir o apoio dos sete deputados do Juntos pela Catalunha (JxCat), o partido de Carles Puigdemont, líder da intenção de 2017.

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