'Falta de legitimidade': G7 condena posse de Maduro na Venezuela
Grupo dos Sete é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido
Os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete denunciaram que aconteceu "falta de legitimidade" democrática na posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O G7 se posicionou na sexta-feira, por meio de declaração emitida pelo Canadá, presidente do grupo deste ano.
“Rejeitamos a contínua e repressiva pressão de Maduro sobre o poder às custas do povo venezuelano, que votou pela mudança pacificamente e em grande número em 28 de julho de 2024, de acordo com observadores independentes e registros eleitorais disponíveis publicamente”, escreveu o coletivo.
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O Grupo dos Sete (G7) é um fórum informal que reúne as economias mais avançadas e industrializadas do mundo. Ele é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse para o seu terceiro mandato consecutivo no país na manhã desta sexta-feira, apesar de evidências confiáveis de que seu oponente venceu as últimas eleições e em meio a protestos contra seu plano de permanecer mais seis anos no poder.
O evento da posse do líder chavista foi organizado pela Assembleia Nacional, também controlada pelo partido governista, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas.
A posse de Maduro ocorreu apenas horas após centenas de manifestantes contrários ao governo tomarem as ruas da capital — e de assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciarem que ela foi brevemente detida por forças de segurança enquanto participava do protesto.
Após meses sem aparições públicas, a popular ex-deputada, proibida pelo governo de se candidatar a cargos públicos, esteve nas ruas para exigir que o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, assuma a Presidência.