Família de Assange aposta em que países europeus possam bloquear extradição
Governo Britânico assegurou, nesta sexta-feira (17), ter assinado o decreto de extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks
O pai e o irmão de Julian Assange disseram nesta sexta-feira (17) que contam com os Parlamentos dos países europeus para bloquear a extradição do fundador do WikiLeaks do Reino Unido para os Estados Unidos, e saudaram a promessa de naturalização feita pelo líder da esquerda francesa, Jean-Luc Mélenchon.
"Acho que há uma grande possibilidade de deter essa extradição. Temos muito apoio ds nações europeias", disse Gabriel Shipton, irmão de Assange, durante coletiva de imprensa realizada em Nova York no meio da rua, em frente ao consulado geral britânico em Manhattan.
Gabriel Shipton comemorou o "apoio dos grupos parlamentares de toda a Europa" e que Jean-Luc Mélenchon tenha dito que "se fosse nomeado primeiro-ministro na segunda-feira, daria a cidadania francesa a Julian" Assange, que é australiano.
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O líder da oposição de esquerda na França afirmou, no último dia da campanha para o segundo turno das legislativas, neste domingo, que espera vencer, que Assange "seria naturalizado francês".
"Pediremos que seja enviado" à França, disse o líder da França Insubmissa.
Junto com seu pai, John Shipton, Gabriel Shipton também assegurou que o expediente de Assange "iria para a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH)", em Estrasburgo.
Segundo John Shipton, "em cada um dos Parlamentos europeus", assim como nos países sul-americanos e no México, há legisladores que apoiam Assange.
O governo britânico assegurou na tarde desta sexta -feira (17) ter assinado o decreto de extradição para os Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, que apelará da decisão. O australiano poderia ser condenado a até 175 anos de prisão por ter publicado milhares de documentos confidenciais.