Família de mulher arremessada de brinquedo no Mirabilandia faz vaquinha para tratamento em casa
Parentes alegam que, até o momento, parque não se pronunciou sobre o caso
A família de Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, que ficou gravemente ferida após ser arremessada de um brinquedo em movimento do Mirabilandia no dia 24 de setembro, em Olinda, está fazendo uma vaquinha online para transferir a jovem para tratamentos em casa.
Eles tentam fazer uma reforma na residência do pai da vítima, que custaria um valor entre R$ 50 mil e 60 mil. A família, que mora no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, alega que enviou uma proposta da medida para o parque, mas, até o momento, não recebeu resposta.
Dávine foi inicialmente internada no Hospital da Restauração e, desde o dia 4 de outubro, está no Hospital São Marcos após os parentes entrarem na Justiça para que o parque custeasse o tratamento médico da vítima em uma unidade particular.
"Fizemos um orçamento e levamos para os advogados do parque para que as reformas fossem feitas. Até o momento, no entanto, não recebemos respostas. Então, tivemos que recorrer a essas medidas, porque o caso dela é gravíssimo e ela precisa desse tipo de cuidado", explicou o primo de Dávine, Ricardo Lima.
Dávine sofreu com traumatismo cranioencefálico e fraturas nos membros superiores ao ser arremessada do brinquedo. De lá para cá, de acordo com a família, ela realizou todas as cirurgias necessárias para estabilizar o quadro clínico. Ainda assim, vem sofrendo com infecções contraídas no ambiente hospitalar, o que torna o seu caso "quase irreversível".
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"Não se pode falar que o quadro dela seja irreversível, já que não se passou um ano de internação, mas a possibilidade de recuperação é quase zero. Nós temos que dar o máximo de conforto enquanto ela ainda estiver viva", explicou, com pesar, o primo da vítima.
Ainda segundo os familiares, o valor pedido na proposta de reforma equivale a três dias de internação de Dávine no Hospital São Marcos. Para contribuir para a vaquinha, lançada nesta segunda-feira (18), é preciso fazer uma transferência via Pix para a chave (CPF) 906.620.674-87, no nome de Valéria Muniz, mãe da vítima. Há a opção de contribuir diretamente com a vaquinha online "Unidos por Dávine".
"Desde o dia a internação, a minha rotina virou ir e vir do hospital, revezando com a minha esposa. Tudo que quero é levá-la de volta para casa, por mais que ela não vá voltar da mesma maneira que estava quando levei ela para aquele parque. Ainda assim, precisamos dar um conforto para ela, já que o parque não se responsabiliza", finalizou, emocionado, o pai de Dávine, José Leandro Muniz.
Mirabilandia nega alegações
Por meio de nota, a direção do Mirabilandia informou que "se mantém custeando toda a assistência de Dávine e reforça que cumprirá as responsabilidades que lhe competem para o seu tratamento".