Família faz campanha para comprar remédio e tratar câncer de filho do indigenista Bruno Pereira
Menino precisa combater metástases que ainda ameaçam sua saúde; Bruno Pereira foi morto em junho de 2022 no Vale do Javari
Aos cinco anos de idade, o pequeno Pedro trava uma batalha pela vida. Ele é filho de Bruno Pereira, indigenista pernambucano assassinado em junho de 2022 no Vale do Javari, e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos.
No ano passado, o menino foi diagnosticado com neuroblastoma estágio 4, um tipo muito agressivo de câncer. Após cinco meses de tratamento em hospital público, com sessões de quimioterapia e alternando semanas em casa com semanas de internação no Hospital da Criança de Brasília, ele luta agora para que o câncer não se espalhe pelo corpo.
#SalvePedro
— Beatriz Matos (@irekaron) January 4, 2024
Pedro é filho de Bruno Pereira, um dos indigenistas mais combativos do Brasil, assassinado covardemente em junho de 2022. Toda ajuda é bem vinda!https://t.co/HqhAOoxGsK
De acordo com a família, nesta segunda fase do tratamento, que busca combater as metástases que ainda ameaçam o menino, é preciso comprar uma nova medicação, de alto valor e não fornecida pelo Sistema Único de Saúde. Com o objetivo de arrecadar doações para adquirir o medicamento, a mãe de Pedrinho criou uma campanha online na plataforma de arrecadação Vakinha.
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“Bruno dedicou a vida à Amazônia. Denunciou o garimpo ilegal e a pesca predatória. Combateu o desmatamento e a grilagem de terras. Enfrentou os invasores das áreas protegidas. Lutou pelos povos indígenas. Defendeu a floresta, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos. Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida. E o Brasil pode salvar o Pedro”, diz o texto publicado na plataforma.
“No ano passado, ele foi diagnosticado com neuroblastoma estágio 4. Um câncer muito agressivo. Aos 5 anos, depois de 5 meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso só pode ser evitado com um medicamento caríssimo (betadinutuximabe), que tem de ser importado e não é oferecido pelo SUS . Vamos salvar o Pedro. Entra nessa vaquinha. Colabore como puder”, continua o texto.
A campanha tem como meta arrecadar R$ 2 milhões. Até as 15h desta sexta-feira (5), haviam sido arrecadados pouco mais de R$ 943 mil. Quase 11 mil pessoas tinham apoiado a vaquinha online até então.
As doações podem ser feitas no link: www.salvepedro.com. Estão disponíveis doações por pix, boleto e cartão de crédito.