Familiares de crianças israelenses reféns pedem à ONU que pressione por sua libertação
Em 7 de outubro, combatentes do grupo islamista mataram cerca de 1.200 pessoas no ataque contra Israel. Cerca de 240 pessoas foram sequestradas
Os familiares de crianças israelenses sequestradas pelo movimento islamista Hamas e detidas na Faixa e Gaza instaram a ONU, nesta segunda-feira (20), a pressionar pela sua libertação, em um protesto em Tel Aviv.
Centenas de pessoas se manifestaram em frente ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ocasião do Dia Mundial da Infância e mais de seis semanas após o ataque do Hamas contra Israel, observou um jornalista da AFP.
Em 7 de outubro, combatentes do grupo islamista mataram cerca de 1.200 pessoas no ataque mais mortal contra Israel desde 1948, ano de sua fundação. Também sequestram 240 pessoas, de acordo com autoridades do país.
Os manifestantes seguravam bandeiras israelenses e retratos de crianças detidas em Gaza. "ONU, faça o seu trabalho!", entoaram alguns deles.
Os nomes, rostos e idades das crianças reféns foram projetados no prédio dos escritórios do Unicef.
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"Como é possível que, diante deste horror, meu filho Erez, de 12 anos, e Sa’ar, de 16, e muitas outras crianças sejam reféns — brutalmente feitos reféns — e que o mundo permaneça em silêncio?", perguntou Hadas Kalderon, cujos dois filhos permanecem detidos em Gaza.
"Grandes instituições como a Unicef estão em silêncio. Esqueceram de seu papel?", continuou a mulher de 56 anos.
Pelo menos 35 dos reféns são crianças e 18 deles têm dez anos ou menos, segundo um balanço realizado pela AFP. Este número inclui um bebê que nasceu em cativeiro, de acordo com a esposa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O protesto ocorreu antes da reunião entre as famílias dos reféns e o gabinete de guerra israelense, e foi interrompido por sirenes de ataque aéreo.
Segundo o Hamas, mais de 13.300 pessoas, incluindo mais de 5.600 crianças, morreram em território palestino, bombardeado incessantemente por Israel desde 7 de outubro, em resposta ao sangrento ataque do grupo islamista.