Farage, conhecido por sua defesa do Brexit, se apresentará nas eleições britânicas
O político de extrema direita, afirma que "mudou de opinião", após ter indicado, há apenas dez dias, que não seria candidato
Nigel Farage, conhecido por sua campanha em defesa do Brexit em 2016, anunciou nesta segunda-feira(3) sua candidatura às eleições britânicas de 4 de julho, com o partido nacionalista Reform UK, em ascensão nas pesquisas.
O político de extrema direita, que há apenas dez dias indicou que não seria candidato, afirmou nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, que "mudou de opinião".
"Serei candidato" no distrito eleitoral de Clacton (sudeste da Inglaterra)", declarou, acrescentando que também assumirá a presidência do Reform UK, que luta contra a imigração.
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"Existe uma rejeição à classe política no país, de forma nunca vista nos tempos modernos", afirmou Nigel Farage, de 60 anos, que já tentou eleger-se deputado sete vezes, sem sucesso.
"Não posso decepcionar estes milhões de pessoas", afirmou, indicando que muita gente no país pediu que se apresentasse.
Nigel Farage ficou conhecido em 2016, no referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, no qual fez uma intensa campanha em defesa do Brexit.
O líder do Reform UK, ex-eurodeputado, é atualmente apresentador do canal de televisão GB News, uma plataforma que lhe garante alguma popularidade entre o eleitorado conservador.
Segundo as últimas pesquisas, seu partido Reform UK conta com 15% das intenções de voto, a apenas cinco pontos dos conservadores, aos quais se atribui cerca de 20%, e está muito a frente dos liberais-democratas, tradicional terceira força política do país.
Os trabalhistas, liderados por Keir Starmer, contariam neste momento, segundo estas pesquisas, com cerca de 45% das intenções de voto, o que indica uma posição imbatível para acabar com quatorze anos no poder do Partido Conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak, também candidato nas eleições de 4 de julho.
Nigel Farage garantiu nesta segunda-feira que quer atrair "milhões de eleitores" para que o Partido Trabalhista vença com uma margem "muito menor" que as previstas pelas pesquisas, assumindo que seu partido terminaria em segunda posição.