PERNAMBUCO

Fé e solidariedade tomam ruas do Centro do Recife em cortejo da 25ª Via Sacra da Fraternidade

A concentração iniciou no Pátio de São Pedro, no bairro de São José, onde fiéis se reuniram para fazer orações e cantos

25 Via Sacra da Fraternidade25 Via Sacra da Fraternidade - Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco

Cortejo de fé e solidariedade. As ruas do centro do Recife foram tomadas por fiéis na manhã desta Quarta-feira Santa (27) como palco para a 25ª edição da Via-Sacra da Fraternidade. Com celebração ao Jubileu de Prata da caminhada, o evento foi promovido pela Associação Missionária Amanhecer (AMA) e reuniu católicos em procissão que relembrava os passos de Cristo.

A concentração iniciou no Pátio de São Pedro, no bairro de São José, onde fiéis se reuniram para fazer orações e cantos. Além disso, voluntários serviram um café da manhã para todos os presentes. Em um incentivo à solidariedade, houve, ainda, a coleta de alimentos não-perecíveis que serão entregues ao Abrigo São Francisco de Assis, no Cabo de Santo Agostinho. A organização é responsável por receber idosos em situação de vulnerabilidade social. 

Uma das pessoas que participou da procissão foi Elizonete Barbosa, dona de casa 61 anos. Ela contou à reportagem que sempre quis vir, mas nunca teve a oportunidade. "É um chamado de Deus. Hoje resolvi vir participar da Via Sacra é um momento em que a gente se entrega para ajudar o próximo, principalmente os mais necessitados", afirmou.

Cortejo
A condução do cortejo pelas ruas centrais da capital ficou por parte do padre João Carlos. As fachadas de 14 lojas serviram de parada para cada uma das 14 estações da tradicional Via Dolorosa. Durante as pausas, foram feitos momentos de reflexão e orações para relembrar os passos de Cristo em sua Paixão e Morte.

Além disso, ao longo do trajeto, fiéis se revezaram no carregamento de uma cruz de madeira de mais de 100 quilos. O gesto visava mostrar a fé, penitência e união dos católicos.

 

"A Via Sacra é uma prática que nos põe no caminho do calvário. A gente acompanha Jesus nos passos da sua Paixão durante toda a Quaresma, mas principalmente na Semana Santa, que nos inclui no ministério que estamos celebrando, que Jesus morreu por nós. Nós fazemos na via pública para ajudar outras pessoas que estão quebradas a se acordarem. É um testemunho a Cristo e a nossa adesão ao Seu evangelho", explicou o padre João Carlos.

Na missa de encerramento, que aconteceu na Basílica da Penha, no bairro de São José. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson. Ele passou uma mensagem de fé para os fiéis nesse período de Semana Santa. 

"A mensagem é, sobretudo, de esperança, porque Jesus, ao morrer na cruz, nos deu a possibilidade de começar a vida nova. Páscoa significa passagem. Passagem de uma vida velha, marcada pelo pecado, pela desgraça, para uma vida nova marcada pela graça. Nós somos então convidados a crescermos e melhorarmos, no ponto de vista pessoal, profissional, familiar, e também no nível da fé", disse o arcebispo.

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