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SAÚDE

Febre maculosa: Instituto confirma quarta morte em São Paulo

Morte de adolescente que também frequentou o evento em fazenda de Campinas estava em investigação

A adolescente Erissa Nicole Santana, de 16 anos, que morreu de febre maculosa em Campinas A adolescente Erissa Nicole Santana, de 16 anos, que morreu de febre maculosa em Campinas  - Foto: Arquivo pessoal

O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta quinta-feira (15), que a adolescente de 16 anos que morreu no dia 13 após frequentar o evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, São Paulo, estava com febre maculosa. Outros três óbitos de pessoas que também estiveram no local, no final de maio, já foram ligados à doença.

"A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta para que as pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas, no período de 27 de maio à 11 de junho e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, procure atendimento médico imediatamente e informe ao médico que esteve na região", diz a pasta em nota.

A secretaria de Campinas confirmou ter sido notificada sobre a confirmação do diagnóstico no óbito da adolescente. As outras vítimas morreram no dia 8. Além dos quatro casos confirmados, o município monitora duas suspeitas, de uma mulher de 40 anos, que frequentou o mesmo evento, e de uma mulher de 38 anos, que esteve também na fazenda, porém pouco depois, no dia 3 de junho. Ambas estão internadas.

A febre maculosa é uma infecção causada pelas bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pela picada do carrapato, principalmente pelo carrapato-estrela, mais prevalente em áreas rurais e que tem como hospedeiros animais como bois, cavalos e cães.

Ela é endêmica na região de Campinas, e provoca casos e óbitos majoritariamente no Estado de São Paulo. Os casos são pouco frequentes -- segundo o Ministério da Saúde, em 2018, pior ano desde 2007, foram pouco mais de 300 diagnósticos apenas no país.

No entanto, chama a atenção pela alta letalidade. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) paulista, em 2022 foram 62 casos no estado, dos quais 44 morreram – 74,6%. Porém, existe um tratamento altamente eficaz com antibióticos, desde que seja iniciado nos primeiros dias de sintomas, que envolvem febre alta, dor de cabeça e manchas no corpo.

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