Federação Israelita de Pernambuco visita a Folha de Pernambuco
Membros da Fipe elogiaram a cobertura imparcial e detalhada que o jornal vem fazendo do conflito Israel-Hamas
A presidente da Federação Israelita de Pernambuco (Fipe), Sonia Sette; o coordenador de Comunicação da mesma instituição, Jáder Tachlitsky; e o conselheiro Boris Berentein, fizeram uma visita de cortesia, na tarde de ontem, à Folha de Pernambuco. Eles vieram parabenizar o jornal pela cobertura imparcial e detalhada do atual conflito entre Israel e o Hamas, que teve início no último dia 7 após ataques do grupo terrorista.
Durante a visita, Sonia Sette, além de agradecer à equipe da Folha pelo comprometimento e isenção na cobertura do conflito, colocou-se a disposição do jornal.
Eles foram recebidos pelo diretor Executivo da Folha, Paulo Pugliesi; a editora-chefe do jornal, Leusa Santos; e a subeditora de Política/Economia Pupi Rosenthal.
“A Folha de Pernambuco tem procurado ser isenta. É muito importante que se busque os fatos concretos, que não se dê vazão a discursos de ódio”, disse Jáder Tachlitsky, que como porta voz da federação, fez algumas considerações sobre o conflito. Confira abaixo:
Direitos legítimos
“Acho que tem alguns conceitos para nós que são muito importantes. Primeiro, entender o direito do povo palestino a sua autodeterminação. Existe um conflito baseado em direitos legítimos de ambos os povos, e tem que se construir uma solução pacífica que contemple esses direitos. Mas é preciso entender que nesse episódio, a gente está tratando de uma organização terrorista, o Hamas, que assassinou deliberadamente a população civil em Israel, que usa seus próprios civis como escudo para suas ações, que é um mal tanto para Israel como para a causa palestina”.
Ação do Hamas
“Outra questão agora pontual é o que significa essa ação do Hamas dentro de Israel. O Hamas luta para criar um estado palestino? É um legítimo representante da causa do povo? A meu ver, não, porque o Hamas tem uma pauta própria. É um regime fundamentalista, vem da mesma origem de outros grupos fundamentalistas”.
Destruição como pregação
“Como é que se muda um grupo terrorista que prega abertamente, na carta de princípios deles, a destruição de Israel? Não é (a intenção) criar um estado ao lado de Israel, (ele) quer acabar com Israel; não é criar um estado palestino laico, é montar um estado fundamentalista, um califado. Eles nem tem o conceito de ‘A Palestina’. Eles querem que todo o Oriente Médio vire um grande califado”.
Máquina de guerra
“Muitos bilhões de dólares entraram em Gaza nesses anos e foram canalizados para uma máquina de guerra. Podia ter melhorado a saúde, a educação. Estrategicamente, Gaza poderia se tornar uma nova Dubai, à beira-mar do mediterrâneo. Toda a comunidade internacional teria interesse em investir e promover aquela população. Se tivesse uma convivência pacífica, tinha-se tudo para transformar aquilo”.