Advogado de Jonata diz que não há provas de feminicídio e que crime foi mesmo de latrocínio
Homem é acusado de matar a namorada e simular um crime de latrocínio
O advogado Marcellus Ugiette atestou na manhã desta quarta-feira (6), diante do júri no Fórum de Olinda, que o seu cliente é inocente e que não existe nenhuma prova concreta contra o réu Jonata Zoberto Verçosa de Lima, acusado de matar a namorada, Caroline Mary de Oliveira, e encenar um crime de latrocinio (roubo seguido de morte) em 2016, no Complexo de Salgadinho, em Olinda.
Marcellus Ugiette disse que o tiro responsável por matar Caroline foi realizado de fora para dentro do veículo e do lado direito para o esquerdo.
O advogado de defesa afirmou, em seu momento de debate, que, pela falta do exame de raio de tiro e da perícia residuográfica e até mesmo da falta de vídeos que comprovam o crime do qual Jonata foi acusado, não existem provas de feminicídio.
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O advogado atestou ainda que o réu não deve ser condenado sem provas e por “inverdades”. Marcellus disse que o fato de Jonata ter traído a vítima diversas vezes e possuir “atitudes machistas” não significa que ele tenha cometido um crime contra a mulher. Segundo ele, pela falta de perícias, o que houve no caso foi uma “omissão do Estado”.
Com desentendimentos entre a defesa e acusação, o advogado Marcellus afirma que “não é só carência de provas, mas tem provas que não foi ele” o autor do crime.
Marcellus passou a palavra para o advogado Diego Ugiette, que categorizou o inquérito como mal feito. Segundo ele, a moral de Jonata pode ser questionada, mas isso não significa que ele é violento ou que atirou na namorada.
Diego afirmou que uma das testemunhas, amiga de Carol desde a infância, disse que Caroline era ciumenta e todas as vezes em que ela presenciou brigas, não houve nenhum tipo de agressão física.
Segundo a Defesa, existem possíveis culpados do latrocínio, mas a investigação não foi ampliada. Diego afirmou que a área do crime é perigosa e conta com cerca de 140 assaltos. O advogado concluiu a fala dizendo que o time de defesa espera pela absolvição do réu.
No início da manhã, o segundo dia de julgamento começou com a fala da acusação. A promotora de justiça Maria Carolina Miranda Jucá Cavalcanti começou afirmando que o relacionamento entre a vítima e o réu era conturbado e, por diversas vezes, Jonata apresentava comportamento abusivo contra Caroline.